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domingo, 22 de dezembro de 2013

O grande interesse pelos autarcas dos mais variados quadrantes políticos na defesa da “Águas do Ribatejo”

Por: L.A.
Se esta petição do não aumento da água fosse contra uma empresa privada, teríamos aqui toda a artilharia de costa dos partidos contestatários do costume mas, como se trata da “Águas do Ribatejo”, uma empresa intermunicipal de capitais públicos dirigida por políticos, já não há qualquer problema ou dúvida. A gerência é toda ela de confiança. As contas são rigorosas, transparentes e pautadas numa contabilidade séria e organizada. Sendo por isso a campeã do tarifário de baixo preço, face às suas concorrentes mais directas. A empresa tem ainda a virtude de não ter em mira o lucro (capitalista selvagem) mas, apenas o necessário para a sua sustentabilidade, na opinião de Mário Pereira, presidente da Câmara Municipal de Alpiarça (CDU). Nesta “sustentabilidade” está, como é evidente, implícita a garantia dos “tachos” e respectiva remuneração aos familiares de alguns presidentes e ex-presidentes de Câmara que fazem parte do consórcio, de acordo com o que tem sido largamente difundido pelos meios de comunicação. Vendo bem as coisas, a empresa “Águas do Ribatejo” que tem feito destacar em meios publicitários a sua vertente técnica e social, como amiga do ambiente e do consumidor, faz algum sentido. Vejamos: Tem a água mais barata das redondezas. Tem “Tarifas Sociais” e “Tarifas Familiares” das mais justas e reconhecidas de que há memória! (sendo apenas ultrapassada por cerca de 90% dos fornecedores de água do país que praticam estas taxas sociais). Garantem emprego a muita gente, nomeadamente familiares de presidentes e ex-presidentes de câmara que fazem parte do consórcio, com chorudos ordenados que fazem inveja a muitos políticos de carreira. E mais: com a colocação dos seus jovens descendentes em lugares de destaque na empresa, conseguem contrariar a saída dos nossos ”cérebros” para o estrangeiro, que vai ser um fenómeno emigratório sem precedentes! Prática que tem sido sugerida e até incentivada, por alguns dos nossos governantes, como é sabido. “Águas do Ribatejo” é, por isso, uma empresa atenta e actuante, preocupada também com o país e sobretudo, com os “lugares” onde se insere.
Daí o grande interesse demonstrado pelos autarcas dos mais variados quadrantes políticos na defesa da sua empresa intermunicipal e, menina dos seus olhos: “Águas do Ribatejo”.

Nota: Entre a realidade e a ficção, nos dias de hoje, a distância é relativamente curta. A petição está aí, os considerandos também, agora cabe-lhe a si decidir o que fazer.
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2 comentários:

Anónimo disse...

O autor L.A continua a enviar mensagens em código nas entrelinhas como estivéssemos no tempo da outra senhora. Deve ser um vício que lhe ficou desses tempos certamente.
"uma empresa atenta e actuante, preocupada também com o país e sobretudo, com os “lugares” onde se insere."
Estes "lugares" entre aspas são lugares especiais. Quase que apostava que a flecha vai directa aos "boys" ou estarei errado?
Vou usar o direito à indignação que nos é conferido e assinar a petição com certeza.

Anónimo disse...

Talvez LA tenha razão ao escrever nas entrelinhas tendo em conta o que foi dito na última reunião pelo presidente da câmara municipal de Alpiarça. Depois de Abril de 1974 sempre pensei que as ameaças contra a liberdade de expressão (com responsabilidade daquilo que se diz, entenda-se) fosse uma coisa do passado. Agora em liberdade e democracia, ameaçar alguém só porque não tem a mesma opinião do poder, Deus nos valha!
Uma ameaça feita naquele lugar institucional, em plena reunião de câmara, só pode significar: " Vejam lá bem o que dizem nos blogs a nosso respeito porque eu como presidente da câmara interponho uma acção judicial a quem entender, com o pretexto que eu achar por conveniente".
Voltamos àquele história, tantas vezes repetida pelos técnicos do foro psicológico e comportamental do ser humano que diz: "Aquele que foi agredido de modo sistemático durante um longo período da sua vida, tende a usar mais tarde as práticas que lhe foram infligidas".
O Partido Comunista Português teve disso uma amarga experiência durantes muitas décadas, nomeadamente com o seu jornal "AVANTE". Esperemos que não siga a lógica comportamental aqui descrita.