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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Há um ano Passos falava na reforma do Estado e pedia renúncia ao pessimismo

Pedro Passos Coelho, que na época natalícia de 2012 apontava a reforma do Estado como inadiável e pedia a renúncia ao pessimismo, vai dirigir na quarta-feira a sua terceira mensagem de Natal aos portugueses enquanto primeiro-ministro.
Na semana passada, num encontro de Natal com os deputados do PSD, Pedro Passos Coelho sustentou que se confirmou o prognóstico de que a tendência recessiva seria vencida este ano e fez a seguinte antevisão do próximo ano: "2014 pode coroar positivamente os esforços dos portugueses".
Na mensagem que dirigiu aos portugueses a 25 de dezembro do ano passado, o chefe do executivo PSD/CDS-PP considerou que estavam lançadas as bases para um futuro próspero e que Portugal estava "muito mais perto" de declarar vitória sobre a crise, de vencer a dívida e o desemprego.
"Conquistámos um caminho à nossa frente, um caminho onde no início havia apenas dúvidas e incerteza. A esmagadora maioria das medidas que faziam parte do nosso programa já está concluída ou em fase de conclusão. Criámos uma relação de grande confiança com as instituições internacionais responsáveis por esse programa", afirmou, depois de elogiar "a coragem dos portugueses".
Passos Coelho defendeu que para ultrapassar a crise é preciso "renunciar de uma vez por todas ao pessimismo", antecipou "grandes desafios" em 2013 e destacou a reforma das funções Estado.
"Iniciámos um processo de reforma das estruturas e funções do Estado, um processo tantas vezes adiado, aqui como noutros países, mas que é agora inadiável para nós como para os nossos parceiros europeus. Nalguns aspetos temos de continuar o trabalho que fizemos até aqui. Noutros, temos certamente de melhorar. E noutros ainda haverá novas tarefas no futuro próximo. Mas há muito que não tínhamos um caminho aberto para fazer tudo isso e uma oportunidade que é finalmente nossa para agarrar com ambas as mãos", disse.
O primeiro-ministro alegou que os sacrifícios estavam a ser distribuídos com justiça, cabendo aos mais ricos um esforço maior, e prometeu um futuro com oportunidades para todos.
Em 2012, Passos Coelho optou por colocar também uma mensagem de Natal na rede social Facebook, a 26 de dezembro, na qual considerou que muitas pessoas não tinham podido ter à mesa a comida que gostariam, reunir os familiares todos ou oferecer presentes aos filhos.
"Amigos, este não é o Natal que merecíamos", escreveu o primeiro-ministro no início dessa mensagem, que terminou assinando "Pedro". Desde então, não foi colocado mais nenhum texto na sua página no Facebook.
Na sua mensagem de Natal de 2011, após seis meses à frente do Governo PSD/CDS-PP, o primeiro-ministro disse que 2012 seria um ano de "grandes mudanças e transformações" no sentido de uma "democratização da economia" e de uma "sociedade de confiança".
«Lusa»

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