.

.

.

.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Área semeada regista um aumento de 7% face a 2012

Área de milho aumenta em Portugal, num ano marcado pela acentuada e crescente volatilidade das cotações dos cereais no mercado mundial

 Segundo os dados provisórios do IFAP, a que a ANPROMIS teve recentemente acesso, a área cultivada com milho para grão registou em Portugal, face a 2012, um aumento de 7%, passando de 94.784ha para os actuais 101.766ha.

Este aumento reflecte, de forma inequívoca, o significativo esforço de investimento efectuado pelos produ­tores nacionais de milho, num ambiente de elevadas restrições financeiras e confirma o milho como a cultura arvense com maior expressão em Portugal, ocupando cerca de 40% da área total de cereais.

Analisado com maior pormenor o aumento da área de milho no nosso país, semearam-se este ano 146.719ha, dos quais 101.766ha correspondem a milho para grão e 44.953ha de milho para silagem. Por região, o maior aumento de área do milho grão verificou-se no Alentejo (+4.541ha), nomeadamente na zona de Alqueva, seguindo-se-lhe a região de Lisboa e Vale do Tejo (+3.311ha).

De realçar ainda, que no espaço de três campanhas agrícolas, a área nacional de milho (grão e silagem) aumentou 9.307ha, a que corresponde um acréscimo de 14.031ha no caso do milho para grão e a uma redução de 4.724ha no caso do milho para silagem, a que não é alheia a crise que atravessa o sector leiteiro nacional.



Arroz
Aveia
Centeio
Cevada
Milho p/Grão
Milho
p/Silagem*
Sorgo
Trigos
Triticale
Total Cereais
2011
31.213
67.686
15.412
16.213
87.735
49.677
6.173
39.546
22.717
336.372
2012**
30.965
62.557
15.712
17.516
94.784
**
7.233
50.693
30.596
 **
2013*
30.112
68.679
17.932
17.297
101.766
44.953
4.167
43.833
30.931
359.670

Fonte: IFAP/DRACA (*dados provisórios)
(**) Dados não disponíveis, uma vez que em 2012 o IFAP não previu um código espe

Em relação ao desenvolvimento da cultura, cabe-nos recordar que as con­dições climatéricas bastante adversas que se fizeram sentir durante esta primavera (precipitação abundante e temperaturas reduzidas), dificultaram não só as semen­teiras do milho em vastas áreas do nosso território, como condicionaram conside­ravelmente o normal desenvolvimento de inúmeras searas de Norte a Sul do país.

Segundo Luís Vasconcellos e Souza, Presidente da ANPROMIS, “as ultimas três campanhas foram sem dúvida positivas para quem apostou nesta cultura. Os resultados obtidos em 2011 e 2012, constituíram uma clara prova do interesse determinante que a cultura do milho tem para os agricultores portugueses e para a economia nacional”.

“Apesar da habitual e acentuada volatilidade dos preços que caracteriza o mercado mundial de cereais, a verdade é que os nossos produtores têm-se revelado cada vez mais competitivos e capazes de responder às necessidades do mercado. A comprová-lo está o cultivo do milho em novas áreas de regadio como Alqueva, que é hoje em dia uma realidade, e que traduz a capacidade de investimento e de afirmação dos produtores nacionais de milho, numa altura de grandes restrições financeiras”, acrescenta Luis Vasconcellos e Souza.

Sem comentários: