.

.

.

.

domingo, 28 de julho de 2013

Candidatos independentes às câmaras quase duplicam face a 2009

Francisco Cunha
Mais de 80 candidatos às câmaras municipais avançam sem apoio de partidos às eleições autárquicas de 29 de Setembro, quase o dobro de há quatro anos, quando sete independentes conquistaram a presidência de municípios.
Até ao momento, 83 anunciaram a intenção de se candidatarem como independentes, mas têm de recolher assinaturas -- consoante o número de eleitores do concelho -- e formalizar a entrega das candidaturas até 05 de Agosto no tribunal da comarca respectiva. Na sua maioria, são autarcas desavindos com os partidos por que foram eleitos antes.
Em Matosinhos, a história de há quatro anos repete-se: em 2009, Narciso Miranda, ex-presidente da câmara eleito pelo PS avançou como independente contra a candidatura socialista de Guilherme Pinto. Nas próximas eleições autárquicas, o PS optou por candidatar o líder da concelhia, António Parada, e o actual presidente já anunciou que avançará sozinho.
No Porto, o socialista Nuno Cardoso, que liderou o município entre 1999 e 2002, está a recolher as seis mil assinaturas necessárias para concorrer como independente nas eleições marcadas para 29 de Setembro, depois de ter recusado o convite do PS para ser o candidato do partido à Câmara da Maia.
É também no Porto que uma candidatura independente tem motivado mais polémica: o presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira, recebeu o apoio do CDS-PP, que quebrou a coligação com o PSD que elegeu Rui Rio durante três mandatos. Os sociais-democratas avançaram com Luís Filipe Menezes, antigo autarca de Vila Nova de Gaia, cuja candidatura foi impugnada devido à lei da limitação dos mandatos e está pendente da decisão do Tribunal da Relação.
Em Sintra há outro caso de cisão: o actual vice-presidente da autarquia, Marco Almeida, decidiu candidatar-se sozinho, depois de o PSD ter optado por Pedro Pinto para suceder a Fernando Seara. Marco Almeida tem como candidato à presidência da Assembleia Municipal de Sintra o também social-democrata António Capucho, ex-autarca de Cascais e muito crítico da liderança de Pedro Passos Coelho.
Em Aveiro, o actual autarca, Élio Maia vai avançar sozinho, depois de o PSD ter escolhido Ribau Esteves, que está a cumprir o terceiro mandato à frente da Câmara de Ílhavo.
Dos candidatos independentes, sete conquistaram a presidência em 2009 -- foram os casos de Oeiras, Alandroal, Amares, Estremoz, Redondo, Gondomar e Sines.
Em Oeiras, o presidente Isaltino Morais foi eleito pelo movimento "Isaltino Oeiras Mais à Frente". O autarca foi detido no início de Abril, mas o vice-presidente da Câmara, Paulo Vistas, vai candidatar-se às eleições através do mesmo movimento.
Em termos nacionais, Santarém é o distrito com mais candidaturas independentes (11 -- Almeirim (duas), Golegã, Alcanena, Sardoal, Santarém, Cartaxo, Tomar, Rio Maior, Ourém e Alpiarça). Segue-se o Porto, com nove candidatos: dois no Porto, em Vila Nova de Gaia e Marco de Canaveses e, ainda, Matosinhos, Amarante e Gondomar.
No distrito de Lisboa, há sete candidaturas sem apoio dos partidos: duas em Cascais e em Sintra, e uma em Oeiras, em Torres Vedras e em Lisboa. O distrito de Braga também tem sete candidatos independentes: Vieira do Minho, Fafe, Terras de Bouro, Braga, Cabeceiras de Basto, Barcelos e Amares.
Em Évora também há sete candidatos independentes -- dois no Alandroal e em Vila Viçosa e um nos concelhos de Borba, do Redondo e de Estremoz.
Faro tem seis candidatos independentes, no total, nos concelhos de Faro, Alcoutim, Lagos, Monchique, Loulé e Albufeira.
Aveiro tem cinco candidatos independentes, em São João da Madeira, Anadia, Aveiro, Santa Maria da Feira e Estarreja. Também com cinco independentes surge o distrito de Leiria, com duas candidaturas na Marinha Grande e na Nazaré e uma nas Caldas da Rainha.
Na Madeira, há quatro candidaturas independentes anunciadas: Ponta do Sol, São Vicente, Santa Cruz e Porto Santo. Em Setúbal, surgem duas candidaturas independentes em Grândola e uma em Sines e em Sesimbra. Em Castelo Branco há independentes em Oleiros, Idanha-a-Nova, Belmonte e Covilhã.
No distrito de Viana do Castelo avançam sozinhos candidatos em Ponte de Lima, Vila Nova de Cerveira e Ponte da Barca.
Em Vila Real há dois candidatos, em Chaves e Alijó, enquanto na Guarda há dois independentes. Em Coimbra, há igualmente dois candidatos sem apoio partidário, em Mira e em Coimbra. Também em Beja há dois candidatos, nos concelhos de Almodôvar e Beja.
Em Portalegre há um candidato independente à presidência do município, tal como em Bragança. No mapa nacional, apenas no distrito de Viseu não existe, até ao momento, qualquer candidatura independente.
Lusa/SOL

5 comentários:

Anónimo disse...

Quem escreveu este artigo não se documentou devidamente. Em Almeirim, por exemplo, que é um caso que eu conheço, está realmente previsto haver duas candidaturas independentes (com as tais assinaturas, se as conseguirem reunir), o MICA e agora o MOVIMENTO ZÉ GOMES. Em Alpiarça não há nenhuma recolha de assinaturas, pelo menos que eu saiba. Por isso, não há nenhuma candidatura independente.

Anónimo disse...

O que há é uma confusão entre candidatura independente (como essas de Almeirim, por exemplo, essas sim) e candidatos independentes que concorrem por partidos. Neste ultimo caso, então se formos a ver bem, há independentes em todas as candidaturas dos partidos, não é só o Xico que o é.

Anónimo disse...

A confusão querem alguns fazer...
Há um movimento que reúne independentes e se chama TPA-Todos por Alpiarça.
E há um apoio inicial do MPT a que se seguiu o do PSD.
NO TPA não há pinceladas de candidatos independentes para colorir candidaturas completamente partidárias.
É precisamente o contrário. Todos os candidatos são independentes dos partidos, e há partidos (MPT e PSD) que resolveram apoiar.
O mais provável é que tenham optado pelo mal menor.
Além do mais, o rosto mais visível e conhecido do PSD-Alpiarça apoia a candidatura CDU, o que quer dizer que localmente é mais apoiada a CDU pelo PSD do que o TPA.
Absurdos de Alpiarça...TPA-MPT-PSD versus CDU-PSD-CDS



Rotciv Sednanref disse...

Hahaha...e onde está o mal? que os militantes do PSD de Alpiarça apoiem a CDU, ABENÇOADOS. E não há mal nenhum que o PSD a nivel nacional apoie o Francisco Cunha, Moreira, Santiago e Atela Limitada. Se é esta a verdade digam a verdade aos eleitores.

Anónimo disse...

Ó senhor Victor Fernandes, fique ciente de uma vez por todas, essa sua insistência só serve para o cansar. Nós todos sabemos que o PSD apoia o TPA, assim como sabemos que o ex-representante do PSD local apoia a CDU (isso para si já é normal?)mas, esteja descansado que nós(que muitos votámos CDU nas últimas eleições) vamos votar no movimento TPA! E não vale a pena cansar-se a repetir tudo aquilo que já sabemos, entendeu?
Acha que vamos ser enganados? Não faz mal! É mais engano menos engano. Também já fomos enganados muitas vezes pela CDU e ainda cá estamos.
Vá lá, tenha calma consigo e vote em consciência que nós também iremos fazer o mesmo. Democracia é respeitar a ideia de cada um, não acha? E se temos andado enganados têm sido todos os políticos que, com as suas práticas, têm contribuído para isso.
Au revoir