A subida do salário mínimo dos atuais 485 para 500
euros tem um impacto residual nos custos das empresas em Portugal e um
efeito negativo quase nulo no emprego, indicam vários estudos, inclusive
os mais recentes, citados pelo Governo para defender a sua posição
anti-aumentos na referida remuneração.
Numa perspetiva
macroeconómica, a subida de 15 euros, como defende a UGT, por exemplo,
teria um peso de apenas 0,02% nos custos totais das empresas (sem contar
com impostos e juros da dívida) e poderia conduzir a uma quebra de
emprego na ordem dos 350 postos a 12 mil postos de trabalho. Este
cálculos pressupõem, como referem os últimos dados oficiais, que 11,3%
dos empregados por conta de outrem ganham o mínimo. São 395,1 mil
pessoas. Para além dos custos salariais, as empresas
Os
especialistas confirmam que o impacto médio nacional de uma atualização é
negligenciável, contrariando o dramatismo colocado nesta questão pelo
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que está a repetir que aumentos
no salário mínimo levam a uma destruição incomportável de empregos no
país.
O “Relatório sobre a Evolução da RMMG [Retribuição Mínima
Mensal Garantida]”, datado de dezembro, com a chancela do Ministério da
Economia, cita um estudo de cinco economistas das universidades do Porto
e do Minho, em que se conclui que uma subida de 15 euros “originaria
uma diminuição do emprego de -0,34 % no cenário de baixo aumento dos
preços da produção interna (1%), e de -0,01 % no cenário de aumento dos
preços elevado (3%)”. Isto é, no pior cenário, chegaria a menos 12 mil
empregos; no melhor, a apenas menos 350 empregos.
«NM»
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