Portugal deverá acumular mais 100 mil
desempregados até ao final deste ano e a redução de funcionários
públicos foi maior que o inicialmente previsto em 2012, indicou a equipa
do Ministério das Finanças, no Parlamento.
Vítor Gaspar, o
ministro, e três dos seus secretários de Estado foram ontem apresentar
as conclusões da sétima avaliação da troika à comissão parlamentar que
acompanha o programa de ajustamento. O ministro repetiu que “o indicador
mais gravoso” é o desemprego e que o perfil intranual da taxa aponta
para uma evolução que a elevará até “quase 19% da população ativa no
final deste ano e início do próximo”. Só depois começará a descer.
Tendo
em conta que a população ativa continua a baixar, como tem sucedido nos
últimos anos, e que se fixará perto dos 5,4 milhões de pessoas,
significa que uma taxa próxima dos 19% atira o número total de
desempregados para 1.028.000 no final de 2013, cerca de cem mil acima
dos 923 mil contabilizados no quarto trimestre pelo INE. O Governo prevê
um desemprego na ordem dos 18,2% este ano e de 18,5% no próximo.
Gaspar,
que continuou sem dar detalhes ou linhas genéricas da reforma do Estado
social e sem avançar medidas concretas novas para relançar o
crescimento, destacou os pontos mais positivos do ajustamento até à
data: “Os bancos portugueses estão entre os mais bem capitalizados no
contexto europeu” e, portanto, o país chegou à fase do “início da
transmissão de condições de financiamento mais favoráveis à economia”. E
diz que “já se terá verificado uma viragem em termos de quantidades de
crédito disponível e em termos de taxas de juro” no segmento das
pequenas e médias empresas. Não quantificou. Os representantes deste
sector não acompanham esta leitura.
«DV»
1 comentário:
OS CHICOS ESPERTOS defendem estas situações:O Governo deixou que grandes depósitos ficassem na Suíça
por Lucília Tiago.
A taxa sobre os depósitos em Chipre pode ser aplicada em Portugal? Ontem, Vítor Gaspar foi taxativo: "Está totalmente fora de questão", precisou o ministro das Finanças durante uma audição parlamentar sobre os resultados da sétima avaliação da troika.
Em Chipre, os bancos continuam fechados para evitar uma corrida aos balcões, apesar de o Parlamento ter recusado o pacote de resgate - e a taxa sobre depósitos. Apesar da instabilidade na zona euro, a Deco garante que em Portugal o número de pedidos de esclarecimento foi "residual".
Os bancos ouvidos pelo DN/Dinheiro Vivo também desdramatizaram o efeito Chipre: não houve registos de levantamentos fora do padrão nem muitos pedidos de informações. "O esquema de garantia de depósitos está inteiramente operacional e as regras são, neste momento, invariáveis", acrescentou ontem Gaspar, antes de repetir que a solução não será replicada.
Como podem constactar oas politicas e os politicos não são todos iguais, há ou por, e há os contra.
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