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quarta-feira, 20 de março de 2013

Mais 100 mil desempregados até final deste ano

 Portugal deverá acumular mais 100 mil desempregados até ao final deste ano e a redução de funcionários públicos foi maior que o inicialmente previsto em 2012, indicou a equipa do Ministério das Finanças, no Parlamento.
Vítor Gaspar, o ministro, e três dos seus secretários de Estado foram ontem apresentar as conclusões da sétima avaliação da troika à comissão parlamentar que acompanha o programa de ajustamento. O ministro repetiu que “o indicador mais gravoso” é o desemprego e que o perfil intranual da taxa aponta para uma evolução que a elevará até “quase 19% da população ativa no final deste ano e início do próximo”. Só depois começará a descer.
Tendo em conta que a população ativa continua a baixar, como tem sucedido nos últimos anos, e que se fixará perto dos 5,4 milhões de pessoas, significa que uma taxa próxima dos 19% atira o número total de desempregados para 1.028.000 no final de 2013, cerca de cem mil acima dos 923 mil contabilizados no quarto trimestre pelo INE. O Governo prevê um desemprego na ordem dos 18,2% este ano e de 18,5% no próximo.
Gaspar, que continuou sem dar detalhes ou linhas genéricas da reforma do Estado social e sem avançar medidas concretas novas para relançar o crescimento, destacou os pontos mais positivos do ajustamento até à data: “Os bancos portugueses estão entre os mais bem capitalizados no contexto europeu” e, portanto, o país chegou à fase do “início da transmissão de condições de financiamento mais favoráveis à economia”. E diz que “já se terá verificado uma viragem em termos de quantidades de crédito disponível e em termos de taxas de juro” no segmento das pequenas e médias empresas. Não quantificou. Os representantes deste sector não acompanham esta leitura.
«DV»

1 comentário:

Anónimo disse...

OS CHICOS ESPERTOS defendem estas situações:O Governo deixou que grandes depósitos ficassem na Suíça
por Lucília Tiago.

A taxa sobre os depósitos em Chipre pode ser aplicada em Portugal? Ontem, Vítor Gaspar foi taxativo: "Está totalmente fora de questão", precisou o ministro das Finanças durante uma audição parlamentar sobre os resultados da sétima avaliação da troika.
Em Chipre, os bancos continuam fechados para evitar uma corrida aos balcões, apesar de o Parlamento ter recusado o pacote de resgate - e a taxa sobre depósitos. Apesar da instabilidade na zona euro, a Deco garante que em Portugal o número de pedidos de esclarecimento foi "residual".
Os bancos ouvidos pelo DN/Dinheiro Vivo também desdramatizaram o efeito Chipre: não houve registos de levantamentos fora do padrão nem muitos pedidos de informações. "O esquema de garantia de depósitos está inteiramente operacional e as regras são, neste momento, invariáveis", acrescentou ontem Gaspar, antes de repetir que a solução não será replicada.
Como podem constactar oas politicas e os politicos não são todos iguais, há ou por, e há os contra.