Minha cara professora,acho que todos os que foram seus alunos sabem que é uma pessoa inteligente e tem um coração do tamanho do mundo, só que esse coração às vezes está demasiado perto da boca e depois das palavras ditas não há volta a dar e nem todos têm o dom de perdoar como a senhora tem.
Escreve no seu desabafo "Eu saí pelo meu pé, porque não me identificava com muitos PSSS e MARs (...) Ora eu nunca gostei de ser mandada por gente que não sabe mandar e vim-me embora. Foi só isso que aconteceu e não inventem motivos relacionados com o Rosa do Céu. Ele sempre tentou apagar os fogos mas eu não sou de meias tintas e bati com a porta". Depois mais à frente acrescenta "Será normal um presidente que trabalhou comigo 20 anos pôr a secretária do 2º mandato a ouvir uma conversa entre mim e ele depois de eu ter saído há um ano? Não é, e só me mostrou que havia ali algo esquisito. Devia ser algo grave ou então tinha medo delas, das queridas, das que lhe faziam a cabeça e diziam que eu protegia os comunistas."
Ora, analisemos friamente estas frases que relatam episódios passados em épocas diferentes: a professora primeiro refere-se a uma época em que ainda era vereadora, mas sentia que a alguém a queria fora da equipa. Depois refere-se a uma época em que já não era vereadora e tinha ido à câmara falar com o seu "velho" amigo de 20 anos, tão amigo que pôs uma terceira pessoa a escutar a conversa e se calhar com um telefone a gravar, sem que a professora se apercebesse.
Mesmo depois deste segundo episódio continua firme a defender o seu "amigo" que estava sempre do seu lado a apagar fogos, ateados pelos outros, até adivinhamos quem, um deles um fulano de voz grossa.
Por acaso admiro-me, depois de tudo o que sucedeu consigo e com outras pessoas dentro do PS e do MAR, que continue convencida que o seu amigo era um seu incansável defensor e que estava sempre do seu lado. Nunca desconfiou que em política porca há muito teatro? Nunca lhe passou pela cabeça que os outros estavam instruídos para a picarem, de modo a que fosse a senhora a sair, já que o instrutor sabia o seu modo de agir? Não era um jornal regional de grande tiragem que alegava na altura que a senhora era uma vereadora da maioria, mas que fazia oposição ao seu presidente? Não é óbvio que quem faz oposição dentro de uma maioria, mais tarde ou mais cedo é "levado(a)" a sair por si só, nem que seja pelo mal-estar que começa a sentir, ou sentir-se a mais?
De Sommer
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3 comentários:
O Daniel Oliveira foi militante do PCP, donde saiu, por não querer fazer parte do sectarismo comunista. Fundou um partido (à sua medida), o BE, donde sai agora pela mesma razão. É o que faz aceitar boleias nos mercedes dos amigos do PSD, tarda nada será ministro do Portas.
É estranho que a professora Gabriela continue a defender o indefensável. Assim como é estranho que agora apoie o Xico, embora tenha que reconhecer alguma coerência nas opções da senhora. Apoiou o Rosa do Céu (tudo bem, o filho até obteve emprego na câmara), agora apoia o Xico (há alguma contrapartida?)... Tudo vai dar ao mesmo, àquela análise feita aqui julgo que pelo Sommer. Parecem manobras muito bem engendradas, e o PS / MAR a deixar-se levar nisto. Fraquinhos, muito fraquinhos!
O Sommer até pode ter razão mas eu, quando confio nas pessoas, arranjo todas as desculpas para as defender.Já me enganei muitas vezes mas...
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