"... os pobres de hoje já
provaram o sabor da liberdade, esse alimento capaz de mudar o mundo.."
O flagelo da pobreza infantil esteve em foco a semana passada no
Parlamento,através de uma audição pública e de uma declaração política
da deputada Rita Rato. Poder-se-ia pensar que o tema, pelas suas
próprias características, é de molde a gerar amplos consensos e a
concitar esforços para a sua resolução, mas na verdade não é assim. Se
ninguém, por mais insensível que seja, fica indiferente ao facto de um
número crescente de crianças e jovens estarem a passar fome em Portugal,
e se todos concordam que tal situação tem consequências dramáticas na
capacidade de desenvolvimento daquela que é a geração a quem cabe
assegurar o futuro colectivo, já no que respeita às formas de combater
e, mais importante ainda, liquidar o flagelo, a divergência de opiniões –
ou melhor dizendo, de opções – não podia ser maior.
Parece
evidente, para quem preza a dignidade humana, que a forma de acabar com a
fome não é providenciar/generalizar esmolas aos pobrezinhos, mas sim
acabar com a própria pobreza. A esmola – chame-se o que se lhe chamar –
satisfaz uma necessidade de momento, mas não resolve o problema. É que
os pobres e os filhos dos pobres, por mais estranho que isso pareça a
alguns sectores da sociedade, têm em comum com os ricos e os filhos dos
ricos a necessidade de comer todos os dias. E de se vestir, e calçar, e
ter uma casa, e saúde, e educação, e...
De que serve então fazer proliferar pelo País as novas sopas dos pobres agora baptizadas de cantinas sociais e que tanto orgulham o Governo PSD, /CDS, se simultaneamente se prossegue uma política de destruição do emprego, de redução de salários, de liquidação dos direitos sociais? Não certamente para acabar com a pobreza e com a fome que ela acarreta. Serve, isso sim, para (re)criar um contingente de mão-de-obra que se espera dócil, porque necessitada, para satisfazer os insaciáveis apetites dos exploradores que hoje, tal como no passado recente, arrotam caridade enquanto sugam até ao tutano o fruto do trabalho. Há no entanto um pequeno senão que estes vampiros esquecem: é que os pobres de hoje já provaram o sabor da liberdade, esse alimento capaz de mudar o mundo. Mesmo com fome.
De que serve então fazer proliferar pelo País as novas sopas dos pobres agora baptizadas de cantinas sociais e que tanto orgulham o Governo PSD, /CDS, se simultaneamente se prossegue uma política de destruição do emprego, de redução de salários, de liquidação dos direitos sociais? Não certamente para acabar com a pobreza e com a fome que ela acarreta. Serve, isso sim, para (re)criar um contingente de mão-de-obra que se espera dócil, porque necessitada, para satisfazer os insaciáveis apetites dos exploradores que hoje, tal como no passado recente, arrotam caridade enquanto sugam até ao tutano o fruto do trabalho. Há no entanto um pequeno senão que estes vampiros esquecem: é que os pobres de hoje já provaram o sabor da liberdade, esse alimento capaz de mudar o mundo. Mesmo com fome.
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4 comentários:
Estas cantinas fazem lembrar as da Coreia do Norte e as antigos países de Leste, por issso a CDU as publicita tanto, saudades!
Nem isso. Na União Soviética o camarada Staline matou mais de 20 milhões de camponeses ucranianos à fome, roubando-lhe todas as suas colheitas.
É só pesquisar...
"O socialismo só dura enquanto houver dinheiro para gastar"
Senhores leitores reparem bem nas respostas dos comentaristas 11:08 e 13:37 em resposta ao post .
!º não sabem ler pois quem está a praticar as cantinas sociais são eles mesmo os abençoados boas pessoas do capital.
2º estas opiniões só podem ser de independentes mas sempre aliados aos que estejam no governo na defesa do capital esplorador. Porque quem combate estes povos aquí descritos são eles em quase todos os seus escritos. Há procura de mais taxo, já tem tanto e aibda querem mais estes jovens imbecis.
Pensava que o PCP tinha um censor com mais categoria e com mais cultura.
Deveria ler um pouco mais e deixar de ler apenas a bíblia vermelha.
Olhe que o mundo tem outras cores para além do vermelho...
Veria que o maior genocídio não foi praticado pelo Hitler mas pelo "camarada" Staline.
Deixo-lhe aí um artigo para pensar se o melhor serão as cantinas sociais ou o que praticou o seu camarada
"Extraído de Stalin´s Secret War, Robert W. Stephan.
http://epaubel.blogspot.pt/2012/05/pol-stalin-e-figura-mais-sanguinaria-do.html
Alguns "jovens imbecis" lêem e procuram aprender um pouco de história.
Compreendo que o eventual aparecimento de candidaturas independentes lhe ande a fazer "comichão"... Mas tenha paciência. Aguentamos quase 40 anos as políticas partidárias e da esquerda à direita já deram provas da vossa incompetência e do caminho a que TODOS SEM EXCEPÇÃO nos levaram.
Agora, BASTA!
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