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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

TANTA ÁGUA, MESMO AO PÉ DA PORTA

Poderá ter sido um lindo sonho, de alguns presidentes das câmaras, que estão na LEZIRIA DO TEJO (incluídas na antiga Lisboa e Vale do Tejo), criar a empresa AR - ÀGUAS DO RIBATEJO, uma empresa municipal, sob a forma de sociedade anónima., com capitais 100% públicos e, que pretende servir cerca de 108.000 habitantes. Teve o seu início, em 2007. Não devia haver razão para duvidar, leia-se numa passagem da mensagem do seu presidente do conselho de administração; José Joaquim Gameiro de Sousa Gomes, pois eram seus propósitos “ incluímos a optimização dos sistemas já existentes e a construção de outros, sobretudo na área do saneamento básico, o que significa que a nossa Região fica ao nível das Regiões mais evoluídas do mundo”. (@] A empresa, tem na sua missão o propósito da responsabilidade, bem servir os 108.000 habitantes dos municípios abrangidos. A história, ainda está no início. Um dia poderá ser contada, mas pena será, que muitos estragos vá deixar pelo caminho. O seu percurso, vai ser penoso, para os que nela vão intervir, quer como clientes a nível individual, quer a nível de cidadão anónimo que paga impostos, que vão recair por “atacado” nos cofres das autarquias: Benavente, Alpiarça, Almeirim, Chamusca, Coruche e, Salvaterra de Magos. Existe, ainda documentação informativa, das AR, que Golegã, também faz parte desta sociedade municipal. Nestas mudanças, existem sempre os descontentes, mesmo aqueles saudosistas, poderá ter-se pensado no seio daqueles executivos. Mas era inevitável, tinha-se que tomar esta decisão. Mas quando são decisões justas, a bem do povo, este até aplaude…! Muitas outras câmara, ainda não o fizeram, sabe-se lá porque? As despesas, deixariam de existir, com o pessoal e com a manutenção do parque (viaturas, acessórias, etc.). Vou-me cingir ao município de Salvaterra, concelho onde tenho a minha habitação á cerca de 40 anos. A maioria que governa actualmente este concelho, desfez-se de um punhado de trabalhadores (passaram para as AR, aliciados por melhores condições de trabalho, especialmente vencimentos mensais), quando da mudança foi o que se viu e ouviu. Raios e Coriscos, o consumidor, bem barafustou…. barafustou….! Disse das suas razões.
Os esclarecimentos vieram, as AR, tentaram acalmar os mais excitados, até porque antes de entrarem em actividade, já tinham achado por bem enviar correio, os novos preços de consumo e taxas. O consumidor, lá foi pagando, essa exorbitância de preços, julgando nada mais puder fazer. Ninguém os ouve. Pensaram...! Em qualquer sitio aqui no concelho, quando se fala em pagar a factura da água, “hái, aqui del-rei”, mas todos lá vamos pagando os consumos de água. No meu caso pessoal e, para se fazer uma comparação aqui vai.
Com o mesmo espaço de habitação que tenho ainda hoje e, o mesmo número familiar, em 1999, a câmara de Salvaterra de Magos, facturava uma média de dois mil escudos (2.000,00), já em 2008, o valor era de cerca de sete euros (7,000 euros). Deve notar-se que era incluído o ALUGUER DE CONTADOR, uma taxa considerado ilegal por muitas entidades. Na factura agora emitida pela AR-Águas do Ribatejo, o valor anda em média por vinte e dois euros (22,000 euros), tendo incluído uma taxa “Conta de Terceiros”.
O município de Salvaterra, oferecia a água às instituições de solidariedade Social do concelho, os jardins (árvores, relva e flores) eram regadas (quando eram). Agora ao que consta, a próprio município e aquelas instituições estão a pagar o consumo. Todos os espaços verdes, daqui em diante têm os dias contados. Nos dias que passam, para economizar, é mais fácil cortar e suprimir a beleza de uma terra, as suas zonas verdes.
Por: José Gameiro (http://historiadesalvaterra.blogs.sapo.pt/16751.html)