Na minha opinião o crescimento económico apenas é possível se for acompanhado com o crescimento da população. O que está a acontecer na Europa e a verdadeira crise Europeia é porque temos neste momento uma capacidade de Produção acima da capacidade de Consumo.
Apenas conseguimos aumentar a capacidade de consumo por 2 formas.
1- Aumentar o acesso ao crédito, o que faz com que as famílias se endividem e não consigam aguentar com as suas despesas, principalmente quando as taxas de juro sobem (o fenómeno que vai acontecer na Europa)
2- Se aumentarmos a população. Uma medida que traz resultados a longo prazo, no entanto parece-me ser a mais sustentada. Assim é importante que os governos consigam criar medidas de apoio à natalidade, de forma a garantir a manutenção do sistema económico e social que se encontra em vigor na Europa.
Nos últimos anos verificamos que por uma questão de negócio para os Bancos e por forma aos governos rapidamente verem a população mais feliz optou-se por incentivar o recurso ao Crédito.
As consequências destas políticas económicas agravam-se em momentos de crise agrava-se, pois nestas fases os empresários privados não conseguem suportar aumentos de salários da mesma forma com que os governos aumentam de impostos. Assim o consumo será menor e o crescimento económico também será menor.
É por isso que numa perspectiva de Longo Prazo se tem de dar prioridade ao crescimento da população e ao incentivo à Natalidade. Mesmo nos momentos de crise não devemos descorar este importante factor de crescimento.
Sem uma população rejuvenescida todos os princípios económicos que gerem o sistema económico actual falham, porque todos foram estudados na altura em que o crescimento populacional ocorria naturalmente.
Também é importante não esquecer que toda a base de sustentação da política de Segurança Social implementada durante anos na Europa apenas se consegue auto-sustentar se o aumento da população for contínuo. Se este aumento da população não ocorrer então certamente, qualquer que seja a reforma no sistema de segurança social, todos os pensionistas e subsidio – dependentes irão sofrer graves consequências.
Este é um dos pontos em que o Estado deveria repensar no Orçamento para 2011, para que pudéssemos colher os frutos de uma política acertada de natalidade no futuro