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domingo, 16 de agosto de 2009

Temos de evoluir, senão não saímos deste buraco que todos a pouco e pouco vamos cavando

Não posso deixar de concordar com "J.L.C". nalguns aspectos, mas o mal provavelmente não está só no melão
Mas falando do melão vi com algum agrado e ainda maior expectativa renascer há 1/2 dúzia de anos a FACTORAGRO, que mais não é que o antigo Grémio da Lavoura constituído em cooperativa depois do 25 de Abril de 1974 e que passou inclusivamente a contar com maiores e melhores instalações na Z.I. de Alpiarça, parecia que afinal Alpiarça ia dispôr de condições para comercializar não só o melão como outros produtos agrícolas de Alpiarça.

Afinal as coisas correram mal, o que começou bem acabou mal e agora fala-se à boca pequena de «traição», «roubos», «desvios de muitos milhares», pessoas foram afastadas da direcção e de cargos de chefia, criaram-se empresas paralelas de comercialização dos mesmos produtos, mas as queixas continuam, o melão vende-se mal e quando se vende bem é barato.

Há dias escrevi e assinei aqui uma crónica neste jornal e lamentava que produzíssemos o melão com as tecnologias do mais moderno que há, mas que continuássemos a comercializá-lo como nos tempos dos nossos avós e bisavós (até descreví a estória do «burro com o ceirão», da «parga», do «sombreiro» e que seria necessário um entendimento entre os três sectores: Primário, Secundário e Terciário e que «os agricultores não têm vida para perder dias a vender melão à sombra de choupais».

Fui logo acusado por um anónimo de ser pessoa pouco credível e de poucos acreditarem em mim (ainda estou para saber qual a mentira de que sou acusado), ainda bem que J.L.C. veio dar a sua opinião e acho que faz bem em escrever sob iniciais ou pseudónimo, pouco importa, afinal em Alpiarça, apenas somos duas coisas: comunistas ou anti-comunistas.
Temos de evoluir, senão não saímos deste buraco que todos a pouco e pouco vamos cavando!

Ricardo Vaz

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