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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Primeiro acusado de disparar contra posto da GNR de Alpiarça começa a ser julgado em Setembro

O primeiro dos três arguidos acusados de dispararem contra o posto da GNR de Alpiarça, começa a ser julgado daqui por um mês no Tribunal de Almeirim. O Ministério Público acusa José V. e os outros dois arguidos, que vão ser julgados num processo separado cuja data ainda não está marcada, de terem cometido os crimes de homicídio na forma tentada como represália contra os elementos do posto com os quais já tinham tido desentendimentos. Justifica ainda que os acusados nunca se conformaram com as actuações dos militares em casos em que estiveram envolvidos.
A acusação sustenta que os homens combinaram previamente executar os crimes e que tal é revelador de uma personalidade totalmente desrespeitadora das regras de vida em sociedade. E vai mais longe ao dizer que os arguidos ao dispararem contra portas e janelas do posto pretendiam matar os militares que se encontrassem dentro das instalações. E numa das situações, diz o processo, só por mero acaso não acertaram no elemento que estava de serviço e que àquela hora costumava estar a fazer o expediente do dia na sala atingida, porque este se tinha ausentado do local.
O primeiro caso ocorreu na madrugada de 14 de Janeiro de 2008. O Ministério Público diz que José V. e António T. deslocaram-se de carro até às residências do cabo da GNR de Alpiarça e de um guarda florestal de Vale de Cavalos (Chamusca) e dispararam pelo menos quatro tiros contra cada uma das casas. Depois dirigiram-se ao posto onde atiraram contra a sala de atendimento ao público e gabinete do comandante. José V. voltou a disparar contra a casa do cabo no dia 23 de Janeiro.
Segundo a acusação, em Abril, no dia 6, José V., António T. e Filipe M. combinaram atingir a tiro as instalações. Deslocaram-se no carro de Filipe e taparam a matrícula francesa da viatura com fita adesiva. Mas desta vez o plano correu mal e quando abandonavam o local despistaram-se e abalroaram cinco viaturas que estavam estacionadas no local. Abandonaram o carro em que se faziam transportar e fugiram a pé. Nas duas vezes em que o posto foi atingido foram provocados estragos no valor de 823 euros.
Os primeiros a serem detidos foram António T., que se encontra actualmente em prisão domiciliária, e Filipe M, que tem como medida de coação o termo de identidade e residência. Como José V. estava desaparecido o tribunal entendeu separar o processo em dois para não atrasar o início do julgamento. Entretanto António T. veio requerer um julgamento com tribunal de júri e ainda não foi determinado o seu início.
No dia 27 de Março deste ano a GNR de Almeirim deteve José V. em Fazendas de Almeirim. Os militares queixaram-se de terem sido agredidos pelo arguido que foi julgado em processo sumário, tendo sido condenado a pagar uma multa de 1050 euros. O tribunal deu como provado que este cometeu um crime de desobediência e um crime de coação e resistência sobre funcionário.
«O Mirante»

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