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terça-feira, 4 de agosto de 2009

PCP - UM PARTIDO RETRÓGADO?

Para os eleitores de Alpiarça mais distraídos, lembramos só o que é o verdadeiro PCP, contado por um dos seus próprios elementos á uns dias atrás.

Não é certamente a esta gente que Alpiarça quer confiar a sua autarquia.

Presidente da Câmara de Sines anuncia desvinculação do PCP
O presidente da Câmara Municipal de Sines, Manuel Coelho, eleito pela CDU, anunciou a sua desvinculação do PCP, alegando “recriminações e acusações” do partido relativamente a decisões tomadas enquanto autarca.

“Tomei a decisão de me desvincular do PCP, no qual militava há mais de 35 anos”, revelou o autarca em conferência de imprensa, realizada no município.

Manuel Coelho, que está a cumprir o terceiro mandato à frente da câmara de Sines, disse ter comunicado pessoalmente, a “três elementos dirigentes” do PCP, a sua decisão de se desvincular do partido.

“Esta decisão foi transmitida pessoalmente, após uma discussão semelhante a outras [ocorridas anteriormente] e que levou, inevitavelmente, a esta decisão”, afirmou.

O autarca alega que, em reuniões partidárias, era alvo de “recriminações” e “acusações”, as quais considera “absurdas, idiotas, insuportáveis e não mais toleráveis”.

Partido “de facto retrógrado”

Como exemplo, Manuel Coelho disse ter sido questionado sobre os motivos pelos quais tem comparecido nos “actos de cerimónia do senhor primeiro-ministro” ou sobre “o que disse, ou quis dizer, em entrevistas sobre o interesse dos investimentos em Sines”.

“Porquê o convite ao Presidente da República para os actos inaugurais do Castelo ou porquê demitir determinados quadros superiores da câmara” foram outras das questões que, disse, têm sido suscitadas dentro do partido, “ao longo dos últimos três anos”, à sua gestão.

Estes factos, acrescentou, levaram-no a “uma análise dos fundamentos ideológicos, da estrutura, dos programas e das práticas políticas do PCP”, com uma conclusão que motivou a desvinculação.

“Concluo que este partido está impregnado de um conjunto de características típicas de organizações dogmáticas, com disciplina de caserna, que o tornam uma organização estalinizada, com práticas reaccionárias, envolvidas de um discurso pretensamente progressista, mas, de facto, retrógrado”, acusou.

O médico Manuel Coelho, que começou a colaborar com o PCP em 1972, foi eleito presidente do município de Sines, pela primeira vez, em 1997, tendo sido reeleito em 2001 e 2005.
De um leitor do "Jornal Alpiarcense"

3 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

O que me incomoda neste tipo de artigos, não é de facto a discussão de ideias, mas a má fé e os propósitos mais vis do sectarismo puro e duro do anticomunismo primário. Os períodos eleitorais são férteis neste tipo de argumentos.
Parece-me que o partido socialista não deveria reivindicar o exemplo da moralidade dado a forma como funciona internamente. Nada como avaliar o clima de desentendimento e intrigas que envolve a escolha dos deputados para a Assembleia da República), para além do afastamento, sem ser ouvidos nem achados, de todos aqueles que discordam e questionam as decisões do “chefe máximo ”do partido. Recordemos a forma como a actual Presidente da Câmara tomou conhecimento (através da comunicação social) que não seria reconduzida. Recordemos igualmente o comportamento do antigo presidente, Joaquim Luís Rosa do Céu, que se rodeou dos amigos de confiança política e isolou profissionais competentes que dele discordavam, mesmo sendo do seu partido.
Sem falar do comportamento antidemocrático revelado nas palavras de quem assume funções directivas neste país do tipo “quem se mete com o PS leva” (Jorge Coelho); "gosto é de malhar na oposição", (ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva) e, mais recentemente o gesto insultuoso do ministro Manuel Pinho ao deputado comunista Bernardino Soares.

Podia igualmente lembrar, a propósito das promessas feitas pelo PS Alpiarça sobre a colocação de médicos em Alpiarça, dizer a alguns comentadores que primam pela ignorância que as leis não são só para se cumprir pela oposição. Em diversas sessões parlamentares dos anos 2008 e 2009 (sim, porque os comunistas não trabalham e não se preocupam com as populações só nos momentos eleitorais), o deputado comunista, Bernardino Soares procurou, por vias legais e em sede própria, resolver a situação deplorável da Saúde em Alpiarça e por ser da oposição nada foi resolvido. Contudo, num “golpe político”, o PS Alpiarça, valendo-se de um cargo público para obtenção de favores, “saiu da cartola médicos” para o Centro de Saúde de Alpiarça. E é político porque só agora (efectivamente nada foi feito por esses senhores ao longo de 4 anos de legislatura) é que o PS se lembrou deste problema, à porta das eleições para, à custa do compadrio partidário, favorecer a sua candidatura. A isto dá-se o nome de tráfico de influências.
Esta forma rasteira e desonesta de fazer política configura uma violação grosseira dos deveres de neutralidade e imparcialidade das entidades públicas estabelecido no artigo 41.º da Lei Eleitoral para os Órgãos das Autarquias Locais, segundo o qual, “os órgãos do Estado não podem intervir directa ou indirectamente na campanha eleitoral, nem praticar actos que de algum modo favoreçam ou prejudiquem uma candidatura em detrimento ou vantagem de outra”.
Isto é a Lei, não são decisões, nem opiniões da CDU.

No PCP, as pessoas são livres de discordar e, naturalmente quem (de pleno direito) não se revê nas posições ideológicas assumidas estatutariamente, sai naturalmente do partido. Mas discuta-se, analisa-se e, sempre com o acordo da maioria (julgo que sejam essas as regras democráticas), decide-se. No PCP ninguém “leva”, ninguém “malha” em ninguém… Ninguém é obrigado a ser do PCP, todavia há estatutos com os quais obviamente concordamos para pertencer a este partido – como em qualquer partido e/ou associação qualquer que seja a sua natureza. Quem não concorda tem muito por onde escolher. Aliás quem saiu do PCP não era de facto comunista porque quando alguns deles perceberam que o PCP não servia para grandes carreiras políticas, nem para bons empregos, rapidamente “ se chegaram” a partidos, nomeadamente o PS, onde tiveram garantias para ocupar lugares bem pagos ou de relevo no cenário político… por acaso.

Portanto, deixem de falsa moralidade, de frases feitas, olhem para o espelho e mais respeito pelos outros!

Sommer disse...

O Manel Coelho, presidente da câmara de Sines, decidiu demitir-se de um partido onde militava há 32 anos, o PCP, está no seu pleno direito.

Mas achará ele que se for eleito através dos «maçons portugueses», a tal malta que era vermelha e da esquerda e que andava de punho no ar e que agora em vez do punho tem uma rosa, rosa e que às vezes é branca, terá a vidinha facilitada?

Ainda querem mais exemplos do que aqueles que têm acontecido cá pela nossa Pearça?

Alpiarça teve em 1998, 1999, 2000 e 2001 um executivo, uma assembleia municipal e uma junta de freguesia como provavelmente jamais terá e digo-o com toda a convicção porque havia e houve gente séria e competente da parte do PS que ganhara as eleições e gente séria e competente da parte da CDU que perdera as eleições em Dezembro de 1997.

Toda a gente sabe que não há governos fortes sem uma boa oposição e esses dois factores estiveram sempre presentes.

É preciso recordar que no executivo estiveram Rosa do Céu, Marques Pais, Gabriela Coutinho, Raul Figueiredo, Alice Palão e também Carlos Jorge Pereira e Isabel Coelho (estes 4 últimos na oposição mas que também faziam parte do executivo)e que na Assembleia Municipal tinhamos 16 pessoas de grande valor entre eles Olimpio Oliveira, Graciete de Brito, Sónia Sanfona, Armindo Pinhão,Orlando Marques,António Moreira etc.

No 2.º ano de mandato a maçonaria começou logo a fazer estragos, houve troca de pelouros entre Marques Pais e Gabriela Coutinho e no 4.º ano de mandato o Maçon-Mor já tudo controlava e não dava cavaco a ninguém, Marques Pais e Gabriela eram para o fulano figuras decorativas a quem já não dava ouvidos e acabaram por já não ser candidatos nas autarquicas de 2001.

Os dois últimos mandatos foram o descalabro que se viu, com os gastos sumptuosos a sorverem todas as energias do município e o endividamento a atingir níveis impensáveis.

O futuro de Alpiarça como concelho está duramente comprometido, mas só em Outubro quando a nova equipe pegar nos papéis e se der conta da escassez de Receitas para fazer face à enormidade da Despesa, acordarão todos para a realidade.

Até lá vamos viver o nosso Agosto de Férias e o nosso Setembro em alegres e sonoras campanhas eleitorais!!!