O que me incomoda neste tipo de artigos, não é de facto a discussão de ideias, mas a má fé e os propósitos mais vis do sectarismo puro e duro do anticomunismo primário. Os períodos eleitorais são férteis neste tipo de argumentos.Parece-me que o partido socialista não deveria reivindicar o exemplo da moralidade dado a forma como funciona internamente. Nada como avaliar o clima de desentendimento e intrigas que envolve a escolha dos deputados para a Assembleia da República), para além do afastamento, sem ser ouvidos nem achados, de todos aqueles que discordam e questionam as decisões do “chefe máximo ”do partido. Recordemos a forma como a actual Presidente da Câmara tomou conhecimento (através da comunicação social) que não seria reconduzida. Recordemos igualmente o comportamento do antigo presidente, Joaquim Luís Rosa do Céu, que se rodeou dos amigos de confiança política e isolou profissionais competentes que dele discordavam, mesmo sendo do seu partido.
Sem falar do comportamento antidemocrático revelado nas palavras de quem assume funções directivas neste país do tipo “quem se mete com o PS leva” (Jorge Coelho); "gosto é de malhar na oposição", (ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva) e, mais recentemente o gesto insultuoso do ministro Manuel Pinho ao deputado comunista Bernardino Soares.
Podia igualmente lembrar, a propósito das promessas feitas pelo PS Alpiarça sobre a colocação de médicos em Alpiarça, dizer a alguns comentadores que primam pela ignorância que as leis não são só para se cumprir pela oposição. Em diversas sessões parlamentares dos anos 2008 e 2009 (sim, porque os comunistas não trabalham e não se preocupam com as populações só nos momentos eleitorais), o deputado comunista, Bernardino Soares procurou, por vias legais e em sede própria, resolver a situação deplorável da Saúde em Alpiarça e por ser da oposição nada foi resolvido. Contudo, num “golpe político”, o PS Alpiarça, valendo-se de um cargo público para obtenção de favores, “saiu da cartola médicos” para o Centro de Saúde de Alpiarça. E é político porque só agora (efectivamente nada foi feito por esses senhores ao longo de 4 anos de legislatura) é que o PS se lembrou deste problema, à porta das eleições para, à custa do compadrio partidário, favorecer a sua candidatura. A isto dá-se o nome de tráfico de influências.
Esta forma rasteira e desonesta de fazer política configura uma violação grosseira dos deveres de neutralidade e imparcialidade das entidades públicas estabelecido no artigo 41.º da Lei Eleitoral para os Órgãos das Autarquias Locais, segundo o qual, “os órgãos do Estado não podem intervir directa ou indirectamente na campanha eleitoral, nem praticar actos que de algum modo favoreçam ou prejudiquem uma candidatura em detrimento ou vantagem de outra”.Isto é a Lei, não são decisões, nem opiniões da CDU.
No PCP, as pessoas são livres de discordar e, naturalmente quem (de pleno direito) não se revê nas posições ideológicas assumidas estatutariamente, sai naturalmente do partido. Mas discuta-se, analisa-se e, sempre com o acordo da maioria (julgo que sejam essas as regras democráticas), decide-se. No PCP ninguém “leva”, ninguém “malha” em ninguém… Ninguém é obrigado a ser do PCP, todavia há estatutos com os quais obviamente concordamos para pertencer a este partido – como em qualquer partido e/ou associação qualquer que seja a sua natureza. Quem não concorda tem muito por onde escolher. Aliás quem saiu do PCP não era de facto comunista porque quando alguns deles perceberam que o PCP não servia para grandes carreiras políticas, nem para bons empregos, rapidamente “ se chegaram” a partidos, nomeadamente o PS, onde tiveram garantias para ocupar lugares bem pagos ou de relevo no cenário político… por acaso.
Portanto, deixem de falsa moralidade, de frases feitas, olhem para o espelho e mais respeito pelos outros!
Sem falar do comportamento antidemocrático revelado nas palavras de quem assume funções directivas neste país do tipo “quem se mete com o PS leva” (Jorge Coelho); "gosto é de malhar na oposição", (ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva) e, mais recentemente o gesto insultuoso do ministro Manuel Pinho ao deputado comunista Bernardino Soares.
Podia igualmente lembrar, a propósito das promessas feitas pelo PS Alpiarça sobre a colocação de médicos em Alpiarça, dizer a alguns comentadores que primam pela ignorância que as leis não são só para se cumprir pela oposição. Em diversas sessões parlamentares dos anos 2008 e 2009 (sim, porque os comunistas não trabalham e não se preocupam com as populações só nos momentos eleitorais), o deputado comunista, Bernardino Soares procurou, por vias legais e em sede própria, resolver a situação deplorável da Saúde em Alpiarça e por ser da oposição nada foi resolvido. Contudo, num “golpe político”, o PS Alpiarça, valendo-se de um cargo público para obtenção de favores, “saiu da cartola médicos” para o Centro de Saúde de Alpiarça. E é político porque só agora (efectivamente nada foi feito por esses senhores ao longo de 4 anos de legislatura) é que o PS se lembrou deste problema, à porta das eleições para, à custa do compadrio partidário, favorecer a sua candidatura. A isto dá-se o nome de tráfico de influências.
Esta forma rasteira e desonesta de fazer política configura uma violação grosseira dos deveres de neutralidade e imparcialidade das entidades públicas estabelecido no artigo 41.º da Lei Eleitoral para os Órgãos das Autarquias Locais, segundo o qual, “os órgãos do Estado não podem intervir directa ou indirectamente na campanha eleitoral, nem praticar actos que de algum modo favoreçam ou prejudiquem uma candidatura em detrimento ou vantagem de outra”.Isto é a Lei, não são decisões, nem opiniões da CDU.
No PCP, as pessoas são livres de discordar e, naturalmente quem (de pleno direito) não se revê nas posições ideológicas assumidas estatutariamente, sai naturalmente do partido. Mas discuta-se, analisa-se e, sempre com o acordo da maioria (julgo que sejam essas as regras democráticas), decide-se. No PCP ninguém “leva”, ninguém “malha” em ninguém… Ninguém é obrigado a ser do PCP, todavia há estatutos com os quais obviamente concordamos para pertencer a este partido – como em qualquer partido e/ou associação qualquer que seja a sua natureza. Quem não concorda tem muito por onde escolher. Aliás quem saiu do PCP não era de facto comunista porque quando alguns deles perceberam que o PCP não servia para grandes carreiras políticas, nem para bons empregos, rapidamente “ se chegaram” a partidos, nomeadamente o PS, onde tiveram garantias para ocupar lugares bem pagos ou de relevo no cenário político… por acaso.
Portanto, deixem de falsa moralidade, de frases feitas, olhem para o espelho e mais respeito pelos outros!
«Leitor do "Jornal Alpiarcense"
5 comentários:
Ontem fui à Igreja e ouvi o Padre a resar a missa, abriu a biblia numa pagina e leu...fiquei a pensar no que ele disse... comparei as belas palavras de "Deus" com as praticas dos seus disciplos e cheguei à conclusão que ninguem leu a biblia...
"No PCP, as pessoas são livres de discordar..."
Excepto nos países onde governa o PC.
Jonas
Jonas, o PCP existe apenas em Portugal. Por isso a ultima letra é um 'P' de 'Portugues'.
Nao há PCP em mais parte alguma no mundo.
Noutros paises existem outros PC, não seguindo obrigatoriamente a mesma linha ideologica e de orientaçao do PCP (portugues). Em França há o PCF, em Espanha há o PCE e noutros paises ditos comunistas nem as siglas PC aparecem. Noutros paises, existem PC's que puco têm a ver com aquilo que outros PC's defendem.
Assim como o PS que de socialista tem apenas o nome, existem paises com partidos socialistas que sao mais parecidos com o PCP do que alguns PC's. É bom nao confundir as coisas.
Comparaçoes semelhantes podem-se fazer para os conceitos de social-democracia, democracia-cristã, e mais sei lá o quê. De qualquer forma, isto interessa pouco para as Autarquicas de 2009. É só um esclarecimento porque o seu comentario gera alguma confusao.
"No PCP, as pessoas são livres de discordar..." é uma bela insinuação, no entanto, como sabe, caro colabordor, não é de todo verdadeira, pois realmente discordar os militantes comunistas podem, depois têm é de se aguentar à bomboca com as retaliações que os restantes "especies" de camaradas provocam, esquecendo completamente o trabalho que o militante desenvolveu para o partido ao longo de muitos anos e, se este faz sombra, "aniquila-lo"! antes de fazer estes belos textos que mais não têm que palavras, é bom começar a ver bem a organização em que está inserido, pois parece-me... que não a conhece.
eheheheheh 0:53 essa foi demais...
as beatas vao à igreja nao será para ver o Padre?
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