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domingo, 30 de junho de 2013

Somos ou não um País de Alices?

Por: Anabela Melão
Cheira a mentira daquela bem condimentada. Passos Coelho pode explicar se o seu ministro das Finanças, Vítor Gaspar, o informou sobre as swaps, em 2011? E se não o fez, houve alguma razão para essa omissão? E se o informou porque ficaram ambos caladinhos acobertando a secretária de Estado Maria Luís Albuquerque? E porque foi que esta, no Parlamento, jurou a pés juntos que o governo não foi informado desses contratos swap pelo governo anterior, na passagem das pastas, em 2011? Ou a pequena sabia e mentiu na Comissão Parlamentar? E Gaspar escondeu e cobriu a mentira, a que pretexto e a mando de quem? E porque nenhum deles responde a Teixeira dos Santos que afirma ter dado conta do recado? Está Maria Luís a salvar a sua "honra" ou a "pele" do governo? Ou foi afinal Teixeira dos Santos que inventou as datas das reuniões realizadas em 2011 em que afirma que o assunto foi tratado com Vítor Gaspar, como inventou o dito relatório, que ninguém sabe onde pára (e porque parou), se sequer existiu? E, no meio de tanta aldrabice, quem é que se demite ou quem é que é demitido? Ninguém, um ou dois ou todos? E monsieur le Presidente acha que tudo vai bem neste jardim à beira mar plantado? E António José Seguro não tem nada a dizer sobre o assunto? Porque parece que os senhores deputados, para quem uma mentira dita muitas vezes é verdade, nem se lembram de que, para além das falhas, das deficiências, das incongruências, das inverdades - adjectivo tão politicamente correcto - e das omissões ditas perante a omissão Parlamentar, constitui crime, e que, acresce que, no caso, cheira a dolo que tresanda. E praticada por quem? Por (des)governantes ao mais alto nível! Somos ou não um País de Alices?

1 comentário:

Anónimo disse...

O caso SWAP's já é conhecido há muito, desde 2008 pelo menos, basta procurar nos relatórios da IGF. A passagem do POC para o SNC é que os lixou. Agora andam todos a queixarem-se de que disse o quê a quem, como se não tivessem andado todos a "mamar".