Cerca de 80% dos portugueses acredita que a Justiça do País não pune os
poderosos, e a percentagem dos que acusam os tribunais de não tratar
todos os arguidos da mesma forma chega mesmo aos 93%. Estas são apenas
duas das conclusões de um estudo recente do Centro de Estudos Sociais,
avança o Diário de Notícias.
No
estudo ‘As Mulheres na Magistratura em Portugal’ levado a cabo pelo
Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, os portugueses não
poupam críticas ao sistema judicial português. As conclusões serão hoje
apresentadas no Parlamento.
A maioria, 60% dos inquiridos,
considera a Justiça lenta, 80% considera que os magistrados não punem os
cidadãos com mais poder económico, e 93% afirma que a Justiça afinal
não é cega e trata de forma diferente determinados arguidos.
Muitos dos inquiridos afirma que “não vale a pena recorrer a tribunal” devido à lentidão, pode ler-se no documento do estudo.
Para
o presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, Vaz das Neves, as leis
não ajudam, “porque os juízes limitam-se a aplicar a lei, e os
advogados, que não são imparciais porque defendem os interesses dos seus
clientes", usam "todas as possibilidades que a lei lhes dá" para os
ajudar.
«NM»
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