Pequenos produtores de melão e morangos do Ribatejo já conseguiram chegar à grande distribuição apostando na organização, o que lhes permite ganhar escala e ter garantia de escoamento dos produtos. Uma ideia elogiada pelo secretário de Estado da Agricultura, José Diogo de Alburquerque, que na manhã de sexta-feira, 10 de Fevereiro, visitou entrepostos de três empresas a operar no concelho de Azambuja, que funciona como “despensa” da Grande Lisboa.
O Pingo Doce (grupo Jerónimo Martins), que tem o entreposto principal em Azambuja, tem a decorrer um projecto, em colaboração com o Instituto Superior de Agronomia e cinco produtores nacionais, para comercialização do melão verde produzido em Almeirim, mas também Moura e Amareleja. Entre Agosto e Setembro deste ano serão colocadas à venda 2350 toneladas deste produto nas lojas do grupo.
Uma parte dos morangos vendidos no Continente (grupo Sonae) são produzidos no Ribatejo. A entrada do produto na grande distribuição foi feita através do Clube de Produtores Continente. António Santos Andrade, da Casa Prudêncio, produtor em Almeirim, associou-se à Lusomorango para conseguir o escoamento dos produtos para as grandes superfícies.
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3 comentários:
Tinha que ser o melão de Almeirim a aparecer nos supermercados. Por acaso os produtores de melão alpiarcenses mais uma vez perderam o comboio.
Alpiarça faz o festival do melão e bate palmas às exportações anunciadas pela Junta de Freguesia em como o melão de Alpiarça vai ser exportados para alguns países mas na hora da verdade o Melão de Almeirim é que está na frente e a vender.
Justifica-se mesmo andar a fazer festivais para não passarmos da cepa torta e andarmos sempre a reboque dos outros
mais um vez perdemos o comboio. Nao temos ninguem que nos ajude e muito menos que promova o que mais produzimos, o melão.
Acabe-se é com os festivais que acabam nesta pouca vergonha de produzirmos melão e Almeirim é que o vende e fica com a fama
Na altura a central informativa CDU lançou a ideia de que a realização da feira do melão tinha sido uma grande vitória.
Não sei para quem...
Evidentemente que mudar a data da Alpiagra, e integrar a feira do melão e do vinho no certame é uma ideia que nunca lhes passou pela cabeça.
Não conseguem atingir que as duas principais produções de Alpiarça devem ser promovidas em simultâneo.
Se possível arranjar maneira de os produtores desses produtos organizarem degustações "gratuitas" e em vez de venderem por grosso, venderem a retalho a preços melhores.
Vale mais vender 20 ou 30 Kgs a vários particulares a do que vender 1 tonelada a um intermediário ou a uma grande superfície.
Claro que dá mais trabalho atender 50 pessoas do que uma.
Os agricultores e produtores é que terão de saber o que lhes interessa.
Se é vender e receber de imediato, ainda que o trabalho seja maior, ou manter-se no "RAM-RAM" e continuar com as queixas de que isto está mal.
Se se deslocam dezenas de milhares de pessoas a feiras de sopa, não o fariam a um certame bem organizado que tivesse uma refeição a preço fixo ( de acordo com a crise), com melão como sobremesa e vinho "oferecido"?
Seria má ideia à semelhança da "ementa turistíca" criar a "Ementa Alpiagra"?
Esses visitantes não teriam no final interesse em comprar directamente vinhos e melão aos produtores depois da barriga cheia?
Ou será que isto é uma ideia disparatada e bom mesmo é a feira manter-se na pasmaceira do costume que até mete dó a quem a visita?
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