Um leitor atento enviou-nos o seguinte comentário: “Essas críticas das chamadas revistas da especialidade já todos sabemos como são feitas. Ou o produtor faz publicidade na revista e dão um destaque e uma apreciação excelente a uma marca dessa Casa Agrícola, ou se o produtor recusa fazer publicidade, cortam na casaca até mais não. E quando existem quezílias pelo meio, então nem se fala. Falar dum rótulo e nem sequer falar do conteúdo é no mínimo, muito pouco profissional” (ler: Casa Paciência lança no mercado o vinho "Ping'Amor" ) depois de ter lido a notícia publicada por este jornal e referente ao lançamento de um novo vinho da 'Casa Paciência' no mercado com a marca “Ping’Amor”.
Na opinião do ‘Jornal de Vinhos’, “há rótulos de vinho que, pior do que serem maus tecnicamente, são incompreensíveis nos dias de hoje... A todos os níveis. O vinho Ping'amor Reserva, da Casa Agrícola Paciência, é um caso paradigmático. O seu rótulo, de formato exótico, para além de não comunicar quase nada, é formalmente deprimente.”
Curiosamente, Armando Fernandes, crítico de
gastronomia e responsável pela coluna de 'Comeres & Beberes' do semanário
‘O Ribatejo’ já não é da mesma opinião. Escreve o entendido na sua habitual coluna de “Vinho” desta semana o seguinte: “…O rótulo
e contra rótulo acentuam Ping’amor, possibilitando, se nisso estivermos
interessados recordar as figuras de pinga amores feitas pelos outros, as nossas
ficam ao cuidado deles. Um homem frenético no pinga-amor, especialmente no
Ribatejo, é encarado como bonomia e largo sorriso pelos observadores menos
atreitos a exibições de amostras desse género na praça pública. Este vinho
branco no copo mostrou-se límpido, o nariz detectou referências aromáticas a
frutos cítricos frescos, a feno acabado de cortar, alguma manteiga e elementos
florais, na boca aumentaram as revelações colhidas pela pituitária. Com efeito,
no palato conformaram-se tais sensações, ainda as de maçãs acabadas de colher,
num pronunciamento de frescura e final vincados a laivos amanteigados. Bom
acompanhante de peixes brancos, mariscos, aperitivos e queijo seco.”
Depois destas duas opiniões e
porque a Casa Paciência continua a “brindar” os consumidores com o melhor
“néctar dos Deuses” de região porque não provarmos o ‘Ping’Amor’ para tirarmos
as dúvidas?
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