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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Declaração da Candidatura


A baixa política entrou na campanha eleitoral. Depois de ter perdido o debate televisivo na semana passada, o Candidato Manuel Alegre resolveu, em desespero de causa, entrar numa campanha de ataques pessoais e socorrer-se de insinuações infundadas sobre o Prof. Cavaco Silva, a respeito de aplicações de poupanças, suas e de sua Mulher, no BPN, em 1999.
Quero, em nome da candidatura do Prof. Cavaco Silva, reafirmar o seguinte:
O Prof. Cavaco Silva já esclareceu publicamente em diversas ocasiões e,nomeadamente em dois dos debates televisivos, tudo o que havia a esclarecer acerca das referidas aplicações.
O Prof. Cavaco Silva nada tem a esconder. Todo o seu comportamento se pautou por critérios da mais estrita ética, legalidade e transparência.
O Prof. Cavaco Silva colocou parte das suas poupanças no BPN, tendo aliás feito o mesmo noutros bancos. Não fez mais nem menos do que fazem milhares de Portugueses na aplicação das poupanças resultantes de uma vida de trabalho.
O Prof. Cavaco Silva pagou neste e em todos os outros momentos a totalidade dos impostos que havia a pagar nos termos da lei. Cumpriu, assim, escrupulosamente, todos os deveres de cidadão contribuinte, sem qualquer privilégio ou favorecimento.
O Prof. Cavaco Silva, quando assumiu as funções de Presidente da República, declarou, nos termos da lei, todo o seu rendimento e património ao Tribunal Constitucional, declaração que é pública e que pode ser consultada. Cumpriu assim todas as obrigações legais.
Os Portugueses conhecem o Prof. Cavaco Silva. Os que o apoiam e os que não o apoiam. Mesmo os que dele politicamente discordam reconhecem-lhe um percurso de vida pautado sempre pela seriedade, pela honestidade e pela transparência.
Por tudo isto repudiamos as inaceitáveis insinuações promovidas principalmente pela candidatura de Manuel Alegre, que sem fundamento, procuram atingir a honorabilidade do Prof. Cavaco Silva, no quadro de uma campanha indigna e ignóbil de ataque pessoal.
Mesmo em campanha eleitoral, não pode valer tudo. Uma democracia adulta não pode pactuar com a insinuação, a intriga e a mentira. A baixa política é um atentado moral à democracia.
Esta é uma forma de fazer política em que seguramente os Portugueses não se revêem.
Os Portugueses esperam mais dos candidatos à Presidência da República.
O Candidato Manuel Alegre, enveredando por atitudes que não tinham até agora marcado a sua vida política, parece ter esquecido que quem não deve não teme e que os ataques desonestos e cobardes à honra pessoal são inaceitáveis.
Há regras morais no exercício democrático que o Candidato Manuel Alegre, agora, convenientemente ignora. Não basta afirmar ser um democrata. É preciso cumprir os imperativos éticos que uma democracia reclama.
Quem faz uma campanha suja viola o mais elementar dever de decência democrática.
Este tipo de ataques, especialmente quando quem os desfere sabe que está a ser desonesto, não podem deixar de merecer por parte dos Portugueses o mais profundo repúdio.
A Candidatura do Prof. Cavaco Silva denuncia ainda o comportamento daqueles que, em campanha eleitoral ou fora dela, querem desviar as atenções do essencial sobre o BPN. E o essencial são duas coisas muito claras:
Primeiro, que se apurem todas as responsabilidades e que a justiça seja célere e eficaz em relação a tudo quanto se passou antes da nacionalização do banco;
Segundo, que se explique aos Portugueses, com todo o rigor e verdade, a dimensão e os resultados do vultuoso investimento financeiro realizado no BPN, ao longo dos dois últimos anos após a nacionalização, o qual será pago pelo bolso dos contribuintes
A Candidatura do Prof. Cavaco Silva desafia vivamente as restantes candidaturas, como tem feito insistentemente desde o início da campanha, para uma discussão dos reais interesses do País e dos problemas concretos dos Portugueses, no seu dia-a-dia, em vez de se resvalar para o ataque pessoal e para a baixa política.
São os temas do desemprego, das finanças públicas, da pobreza, do crescente endividamento do País, das empresas e dos portugueses, da justiça, da saúde ou da educação que verdadeiramente devem mobilizar as energias de todos.

Lisboa, 5 de Janeiro de 2011
Alexandre Relvas
Fonte: Campanha

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