Foi-se 2010. Um ano em que os Portugueses foram confrontados com realidades que andavam “escondidas”. Depois de muitas promessas feitas e de aumentos salariais em 2009, e quando muitos pensavam que o mais difícil da crise já tinha passado, fomos confrontados com medidas impensáveis há pouco tempo.
O ano terminou mesmo com um inédito corte salarial! E de repente as famílias portuguesas começaram a sentir no seu dia-a-dia mais e mais dificuldades!
O medo e a angústia instalaram-se nas pessoas. A crise é tema obrigatório nas conversas familiares. Sou surpreendido, por perguntas inesperadas feitas pela minha filha de 11 anos. Trás para casa preocupações que resultam de conversas no recreio da escola. Isto não devia de ser assim. Isto não tem de ser assim!
Mas os cenários que se vão conhecendo não dão grandes alternativas às conversas familiares. “É preciso poupar”. “Aforrar para fazer frente a algo de pior que há-de vir por aí…”
E é assim que 2011 se apresenta aos Portugueses. Um ano difícil. O mais difícil das últimas décadas, dizem-nos alguns “especialistas”.
Conhecer a verdade da situação é positivo. A política não deve ser irrealista. Não podemos nem devemos “iludir” quer a situação quer os cidadãos.
O impacto da verdadeira dimensão dos nossos problemas, que teimamos em não reconhecer em 2009, tem feito mossa no nosso dia-a-dia. Mas não nos pode arrastar numa onda de pessimismo. O pessimismo não nos serve. Não nos pode condicionar!
É preciso criar caminhos alternativos. Novos rumos. Alicerçados na dureza da realidade temos de, colectivamente, encontrar um novo caminho.
É para todos, cada vez mais, evidente que o actual Governo está esgotado e sem soluções. A descrença que se instala nas famílias está directamente relacionada com esta percepção!
As constantes contradições entre os membros do governo e apoiantes é bem reveladora do desnorte que grassa pelo Partido Socialista.
2011 será o ano em que os Portugueses querem voltar a acreditar em soluções que nos resgatem desta crise. Que existem outros protagonistas.
2011 será o ano em que Passos Coelho se afirmará como esse protagonista. O ano em que voltaremos a acreditar que as coisas podem e devem ser diferentes.
A esperança tem de voltar a fazer parte das nossas conversas familiares, para que as crianças na escola apenas aprendam e brinquem com os colegas e deixem as “coisas sérias” para os adultos….
Por: Emídio Guerreiro
Texto publicado na edição de 5 de Janeiro de 2011 do Diário de Coimbra
1 comentário:
Onde anda o nosso Presidente de Câmara que não se vê em lado algum ? Será que o PCP o fechou a 7chaves e não o deixa sair ? Onde andam os vereadores que mal se vêm onde são precisos, estando a ser substituidos nas suas funções por assessores e funcionários do PCP ?
Porque será que enquanto que outras pessoas que não são militantes do PC (independentes)continuam a fazer a sua vidinha tal como antigamente e a serem vistos nos mesmos sitios e a darem-se com as mesmas pessoas e os militantes do PCP passaram a ser marionetas do PCP, e andam a encher a Camara de assessores de fora que pertencem ao Partido ? Ai isto não está nada bem, não está não senhora
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