SE AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS FOSSEM HOJE A CDU PERDIA

Já recebemos alguns comentários vindo dos mais diversos leitores que deixaram bem claro: «se as eleições autárquicas fossem hoje a CDU perdia».
Desconhecemos o que lhes vai na alma para afirmarem tais conclusões mas não é fácil de deduzir que muitos eleitores estão insatisfeitos com as decisões e atitudes do executivo da CDU.
Até tivemos um leitor, que se identificou como simpatizante da Partido Comunista, que nas suas palavras, vindas das suas profundezas, deixa bem claro a sua desilusão quando afirma que «este comentário (o que escreveu) foi das coisas que mais me custou escrever na vida. Espero que este regresso ao passado na câmara acabe rápido» para passado algum tempo recebermos outro que diz: «Não venho para aqui afirmar-me comunista, socialista, social-democrata ou o que quer que seja porque isso para o caso não interessa, mas numa coisa creio: se as eleições fossem hoje, a CDU não ganharia».
É mau agoiro para o executivo estas opiniões como é prejudicial para os militantes e simpatizantes da CDU toda esta constatação que não sabemos a origem e os motivos para estes protestos de desânimo vindo de pessoas que fazem parte desta força de esquerda.
No período do “beneficio da dúvida” seria de bom tom, o executivo da CDU abrir-se um pouco mais para o exterior e tentar a todo o custo que se transmita o significado da seriedade e não pactuar com o executivo anterior ou esta relação não seja muito visível porque muitos militantes não aceitam este tipo de relações

Acrescenta outro leitor que o executivo da CDU está a «estragar a boa imagem que o nosso partido tinha» para sublinhar que a CDU deixou de «ser o partido do povo para sermos o partido de dois ou três senhores para deixar de quererem o bem da nossa terra e passarmos a travar guerras pessoais».
Basta ler e consultar algumas noticias publicadas para sabermos onde está a “revolta” de alguns militantes da CDU que apostaram e deram tudo para que a CDU fosse diferente e desempenhasse o mandato de uma forma diferente dos socialistas mas que na verdade, segundo as opiniões, não está a acontecer.
Esperamos e desejamos que Mário Pereira tenha em atenção estes “recados” porque eles transmitem aquilo que vai na alma dos militantes do PCP.
Mesmo que seja uma minoria não deve o presidente da Câmara desprezar ou ignorar quem divulga publicamente as suas decepções para que se corrijam alguns erros e outras deficiências, caso contrário, se as eleições autárquicas fossem hoje a CDU já não as ganharia.
É nosso desejo que o mandato para que foram eleitos continue amenamente, de forma que, possamos deixar de ouvir e ler estes comentários que em nada dignificam quem os elegeu para o difícil cargo de gerir com seriedade e simplicidade a nossa terra.
Estas pessoas não são dissidentes e muito menos membros de uma ala de contestadores porque são militantes activos da CDU.
Muito decepcionados devem estar estes militantes quando transmitem, para que todos saibam, que aquilo em que acreditaram os está a decepcionar, diluindo-lhes assim a esperança no que iria mudar Alpiarça, mas que, segundo estas opiniões, nada disto está a acontecer.
Uma coisa é verdade: todos querem continuar a confiar no executivo da CDU mas é obrigação destes escutar as criticas (positivas/negativas) e tirarem as suas conclusões para que os erros não se perpectuem.
Para finalizar e numa forma de “recado” não quero deixar de repetir aquilo que costumo dizer às pessoas que exercem cargos de responsabilidade «se lessem as criticas (neste caso, os comentários) que as pessoas fazem, muitas vezes os problemas seriam resolvidos com facilidade e clareza porque a solução dos problemas está exactamente naquilo que elas, as pessoas, reclamam».
JA