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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Águas do Ribatejo promove sessão para esclarecer população depois de abaixo-assinado

A empresa intermunicipal Águas do Ribatejo promove, sexta-feira, uma sessão de esclarecimento aberta à população da Chamusca na sequência de um abaixo-assinado que reuniu mais de 600 assinaturas em protesto contra os aumentos do tarifário.
O presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Sérgio Carrinho, disse que a entrada em funcionamento da empresa teve "algumas dificuldades práticas" que estão a ser corrigidas, assumindo que o essencial do protesto das populações do seu concelho tem a ver com erros do passado que a autarquia assume.
"A gente não vendia água, dava", afirmou, reconhecendo que o tarifário que era praticado (com a entrada em funcionamento da empresa intermunicipal triplicou) "era praticamente simbólico", além de que, ao longo de anos, "a facilidade era tanta que se consumia água como se fosse inesgotável".
Reconhecendo que a própria autarquia tinha edifícios sem contador, o que levava a que "todos gastassem água como se fosse o rio Niagara", Sérgio Carrinho frisou que, além de fazer compreender que a empresa intermunicipal tem de ser sustentável e ter condições para prosseguir com investimentos essenciais em termos de abastecimento de água e saneamento, vai ser preciso ensinar a gastar água "racionalmente".
Na sessão agendada para sexta-feira, os responsáveis da Águas do Ribatejo (AR) - empresa de capitais exclusivamente públicos que reúne os concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche e Salvaterra de Magos (com Torres Novas em processo de adesão) - vão apresentar o plano de investimentos em curso e esclarecer todas as dúvidas sobre o tarifário e a facturação.
Segundo Sérgio Carrinho, as 160 reclamações apresentadas na autarquia já estão todas "esmiuçadas", tendo sido identificadas situações a corrigir (como a cobrança de saneamento em residências que não estão ligadas ao sistema) e outras que decorrem de consumos "exagerados".
O autarca garantiu que os consumidores "não vão ser penalizados", estando prevista a possibilidade de pagamento a prestações, com a garantia de que a empresa não irá cobrar juros e de que não existirão "cortes coercivos".
Sérgio Carrinho realçou o facto de a adesão do seu município ao projecto ter sido a única forma de conseguir atingir o objectivo de ter, até ao fim deste ano, 95 por cento do concelho com tratamento de esgotos, sublinhando a dificuldade de construir infra-estruturas num território de povoamento tão disperso.
Sérgio Carrinho falava à margem do lançamento das obras para construção dos subsistemas de saneamento de Chouto/Gaviãzinho, que servirá 500 habitantes, e de Salvador/Parreira (1.000 pessoas), orçadas em 3 milhões de euros e inseridas no plano de investimentos da AR para 2010 (45 milhões de euros).
«JN»

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