A maioria dos fornecedores
de energia no mercado livre oferece descontos, mas na maior parte dos casos só
são válidos durante um ano
Mais de dois milhões de famílias já estão no mercado liberalizado de
electricidade e este já é responsável por 70% da luz consumida em Portugal. Mas
ainda existem consumidores que não fizeram a migração. A verdade é que quem
optar por continuar no mercado regulado vai já enfrentar em Janeiro uma subida
de 2,8% nas tarifas da luz. Feitas as contas, representa um aumento de 1,21
euros por mês numa conta média de 46,50 euros ( já com IVA de 23% incluído).
O que é certo é que os consumidores domésticos têm até ao final de 2015
para escolher o seu novo fornecedor de luz no mercado livre, mas se adiarem
essa decisão até lá vão estar sujeitos a esta penalização de tarifas por parte
da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Caso continue sem
negociar um novo contrato no mercado livre, essa "multa" será revista
de três em três meses até 31 de Dezembro de 2015 pela entidade reguladora.
Por isso mesmo, quem está a pensar em fazer essa mudança para o mercado
liberalizado deverá fazer uma ronda pela oferta existente para que consiga
seleccionar a melhor proposta. Quando estiver a fazer essa escolha deverá saber
exactamente os dados de consumo anuais de energia de forma a escolher a
potência adequada. No fundo, pior que fazer uma mudança é fazer uma má mudança.
Tanto que há clientes que actualmente têm potências contratadas demasiado
elevadas para as suas necessidades.
OFERTAS O processo de mudança é gratuito, mas
saber qual a melhor oferta é um exercício que se poderá revelar complexo. Para
fazer essa escolha deverá analisar as propostas das cinco empresas que actuam
neste mercado liberalizado e que apresentam ofertas no segmento residencial:
EDP, Galp, Endesa e Iberdrola.
A EDP pratica descontos de 2% e 3% na factura de electricidade (consoante
ela seja em papel ou electrónica), mas se o cliente não quiser pagar por débito
directo não há lugar a qualquer desconto face às tarifas reguladas. No entanto,
se optar pela oferta conjunta (gás e luz) já terá acesso a um desconto de 5% no
gás natural e 3% na electricidade.
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