Depoimento de Sónia Lázaro

 Sónia Garrucho Sanfona Lázaro

 SÓNIA LÁZARO CANDIDATA A PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA PELO PARTIDO SOCIALISTA

Dando continuidade à publicação dos depoimentos dos principais candidatos às eleições autárquicas que se vão realizar no dia 29 de Setembro publicamos de seguida o depoimento de Sónia Sanfona Lázaro, candidata pelo Partido Socialista a presidente da Junta de Freguesia:

“Começo por agradecer ao Jornal Alpiarcense, na pessoa do Sr.º António Centeio, pelas questões que me colocou. Espero que as respostas dadas contribuam para um maior conhecimento e esclarecimento aos respetivos leitores sobre os nossos projetos.

Como olha para o concelho de Alpiarça?

 Eu olho para o concelho de Alpiarça com muito carinho. Volto a dizer que Alpiarça é a razão de eu estar aqui, nestas eleições, a candidatar-me a presidente da Junta de Freguesia e a razão de eu estar há 16 anos neste projeto do Partido Socialista / Movimento Alpiarça é a Razão (PS / MAR).

Alpiarça é uma terra de boa gente, de gente lutadora, de gente que consegue trabalhar desde que o sol nasce até que o sol se põe. É uma terra onde têm nascido pessoas que, graças à sua luta, à sua força interior, à sua competência e inteligência, têm-se afirmado nas suas áreas profissionais e hoje são conhecidas a nível nacional e algumas mesmo a nível internacional, reconhecendo todo o seu mérito e valor. Estou-me a lembrar, por exemplo, do Dr.º José Pratas Vital, que muito nos honrou ao aceitar o nosso convite para pertencer à comissão de honra desta candidatura. Não se deixou vencer pelas adversidades da sua infância e juventude, adversidades essas de conhecimento geral, tendo lutado com as suas melhores armas: a sua inteligência e a sua persistência, até atingir os objetivos traçados.

Em termos geográficos, Alpiarça está numa zona privilegiada pois encontra-se sensivelmente no centro do território nacional, a menos de uma hora da capital do país e a dez minutos da entrada na autoestrada, facilitando assim o transporte de pessoas e bens. Aliado a estas boas acessibilidades, o desenvolvimento que a nossa zona industrial teve, durante os mandatos do PS / MAR, motivou a que diversas empresas se tenham instalado no nosso concelho, aumentando assim o tecido empresarial e, por consequência, o número de postos de trabalho em Alpiarça.

Para além destes aspetos sociais e económicos, Alpiarça tem em termos de recursos naturais ótimos terrenos de cultivo, em que grande parte deles está a ser explorada por jovens agricultores, já de segunda ou terceira geração. Agricultores competentes, que sabem aliar a tradição aos novos conhecimentos e tecnologias, conseguindo obter excelentes resultados, provando desta forma que a agricultura não deve ser abandonada nem esquecida. A agricultura sempre foi e sempre será a base da nossa economia. Alpiarça tem também zonas de grande beleza natural e histórica que precisam de uma melhor e mais adequada preservação para, de uma forma correta e sustentável, se conseguir atrair mais pessoas de fora do concelho a visitar e a consumir em Alpiarça.

Em termos desportivos, temos, graças às instalações e equipamentos desportivos construídos durante os mandatos do PS / MAR, um concelho com uma oferta enorme na área desportiva com equipamentos de excelência, oferecendo aos alpiarcenses um vasto leque de modalidades desportivas. Foi assim com tristeza que verifiquei, no dia 23 de Junho, dia em que fizemos um picnic no complexo desportivo, junto aos campos de ténis, o desleixo por parte da atual autarquia na manutenção daquele espaço, onde havia, por exemplo nos balneários, muitas coisas danificadas como autoclismos, torneiras, doseadores de gel, entre outros. Um apelo que aqui deixo, se me é permitido: já que não fazem obra, ao menos que conservem a que foi feita por nós.

Em resumo, vejo o nosso concelho com grandes potencialidades, tanto a nível humano como geográfico, como de recursos naturais, culturais e desportivos. Não podemos mais ficar amarrados ao passado, o passado é importante, sem dúvida, mas mais importante é o presente e especialmente o futuro, o nosso futuro e das gerações que hão de vir. Se compararmos este mandato atual com os nossos, pelas obras e infraestruturas construídas nos mandatos do PS / MAR, facilmente vemos quem trabalhou para os Alpiarcenses. Decidam quem tem capacidade e condições para construir o presente e garantir o futuro. Para nós as palavras têm significado e o que prometemos cumprimos.

Os três candidatos do 'Mais Alpiarça': Sónia Lázaro, Fernando Ramalho (Candidato a presidente da Assembleia Municipal) e Pedro Gaspar (Candidato a presidente da Câmara)

Quais os maiores problemas do concelho e como pensa resolvê-los?

O poder local é, por excelência, o que está mais próximo dos cidadãos e as Juntas de Freguesia têm nesse sentido um papel muito importante. A nossa Junta de Freguesia, por ser única no concelho tem por obrigação ser o elo de ligação entre todos os habitantes de Alpiarça e o poder de decisão e de execução. Quando falo em todos os habitantes de Alpiarça refiro-me aos Alpiarcenses que vivem em Alpiarça, Casalinho, Frade de Baixo, Frade de Cima e Gouxaria. Nos últimos quatro anos foram todos esquecidos, principalmente os habitantes dos lugares. Na nossa gestão da Junta de Freguesia, tal como previsto no nosso Programa Eleitoral, darei especial atenção aos lugares, sendo para o efeito a minha lista e o futuro executivo da Junta de Freguesia formada com representantes desses lugares, eles sabem melhor que ninguém, por serem lá residentes, quais as verdadeiras necessidades e problemas existentes. Nos contactos que temos tido, no decorrer da pré-campanha eleitoral, fomos apontando situações e problemas de urgente, fácil e rápida intervenção, que são muitos e que seria exaustivo enumera-los aqui, os quais vamos procurar solucionar.

Trabalharemos em conjunto com a Câmara Municipal, com a delegação de novas competências à Junta de Freguesia, colaborando diretamente com a Câmara Municipal e com todos os Alpiarcenses pois queremos estar sempre aptos a resolver os seus problemas e necessidades.

Qual a sua prioridade para os próximos quatros anos?

Nestes últimos quatro anos, do trabalho da Junta de Freguesia pouco ou nada se tem visto. Conheço as limitações financeiras que a nossa Junta de Freguesia tem, sou membro da Assembleia de Freguesia há 12 anos. As transferências monetárias que o Estado nos atribui têm sofrido sucessivos cortes e já fomos alertados para os novos cortes no próximo ano. Mas tenho a certeza que com uma gestão muito rigorosa, com muita força de vontade, com boas ideias e engenho, com a excelente equipa que tenho a trabalhar comigo e com todos os funcionários, faremos um ótimo trabalho.

A minha prioridade para os próximos quatro anos são as pessoas, são os Alpiarcenses, os seus problemas e as suas necessidades. Quero ter uma gestão ativa e interventiva, contactar diretamente com as pessoas, ouvi-las, resolver os seus problemas ou encaminha-los imediatamente para o departamento certo da Câmara Municipal, caso não sejam do âmbito da Junta de Freguesia, para que sejam rapidamente analisados e resolvidos. Só assim o nosso poder local poderá ajudar a nossa população.

Campanha Eeleitoral

Na área social, quais os projetos onde vai apostar?

Os tempos que atravessamos são tempos muito difíceis a nível social, tempos de grande exigência e rigor. O poder local tem de ser o primeiro a estar atento a este facto e a intervenção social que pode fazer é basilar, para combater as desigualdades socias que existem por todo o país. No nosso concelho, existem também grandes desigualdades sociais, famílias inteiras com grandes dificuldades económicas e sociais. O futuro executivo da Junta de Freguesia, em colaboração com a Camara Municipal, conscientes dessa realidade, fará todos os esforços possíveis para intervir nessa área, através de um trabalho conjunto com as IPSS existentes no concelho sem partidarizar, tal como está previsto no nosso programa eleitoral, se possível com protocolos a estabelecer com outras instituições como a Segurança Social, bem como com parceiros privados que, num espirito de interajuda, auxiliam a resolver os problemas dos mais carenciados.

Em termos de ações diretas da Junta de Freguesia, ao contrário do que foi feito pelo executivo atualmente em funções, voltaremos a atribuir as bolsas de estudo aos estudantes mais carenciados do concelho e também voltaremos a atribuir os donativos às coletividades que apresentem planos de atividades concretas e benéficas à população, pois sabemos a importância que estas coletividades muitas vezes representam no âmbito da ação e inclusão social.”