Declaro desde já, que não li, nem vi nenhum comentário onde baseie a opinião que tenho, sobre a falada alteração da aplicação do "roubo" na TSU.
O meu entendimento é o seguinte:
O (des)governo lançou para os media a versão 1.0 da alteração da taxa denominada TSU.
Se a mesma passasse sem grande celeuma, tudo bem no reino de Portugal e a coisa estava feita.
O povo é manso, e, mais rosnar, menos rosnar, fariam como já têm feito milhentas vezes.Come e cala! Manda quem pode, obedece quem deve...
A grandiosa manifestação de sábado veio alterar a coisa.
Houve uns "maluquinhos" que resolveram convocar no facebook uma manifestação não alinhada.
Nela não se viam cartazes "espontâneos" feitos em tipografia, os manifestantes não foram passear a Lisboa com transporte e lanches pagos, e nem sequer havia palavras de ordem negociadas.
O povo ordeiramente manifestou o que lhe ia na alma, e pela 1ª vez os partidos submeteram-se à vontade do povo, e não o contrário, como acontece normalmente.
O governo não pode vir dizer, como é costume, que era uma manifestação encenada.
O governo tremeu, mas também os pastores dos partidos viram o seu gado tresmalhado.
Mediante isso, prepararam a versão 1.1 do mesmo ataque à classe média e média baixa.
Agora as vítimas serão os "ricos" que ganham mais de 700 euros.
Convenientemente, a reforma dos escalões do IRS nunca foram divulgados...
Poderia afirmar sem qualquer margem de erro, que escalões que estavam programados para subir 2% ou 3%, agora vão ser alterados e vão absorver todos os montantes que deixarão de ser cobrados na TSU.
Nos dias mais próximos vamos assistir a que todos os vendilhões vão afirmar que atingiram os seus objectivos.
Iremos ver o maçon João Proença dizendo que graças à sua atitude o governo não aplicou a TSU de 7%.
A CGTP dirá que graças à sua luta, o governo não impôs os mesmos 7%.
O governo aparecerá como o benemérito que não quis sacrificar a classe dos 700.
Ainda virá o "autista" Cavaco Silva afirmar que graças ao seu silêncio o governo não caiu.
Entretanto a classe média vai desaparecendo, o Pais vai empobrecendo e os "pontas-de-lança" do capitalismo internacional António Borges e Carlos Moedas vão cumprindo o seu objectivo de vender este País a retalho aos senhores do Mundo a preço da uva mijona.
Irá chegar a altura que quem ganha 701 euros pedirá ao seu patrão para lhe baixar o ordenado.
Pagando taxas moderadoras, medicamentos, educação dos filhos, IRS, TSU, etc, feitas as contas ficará com menos dinheiro disponível do que quem ganha menos.
O tenebroso disto é que os neo liberais selvagens acabam por adoptar uma política "igualitária" que faria inveja aos governos ditos comunistas de leste.
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