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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

FINANÇAS LOCAIS: Dúvidas de um leitor

 Agradeço que quem estiver em condições me explique o seguinte:

O plano de saneamento financeiro da Câmara obriga a que sejam aplicadas as taxas máximas, mas os eleitos do PS/Alpiarça é a razão querem votar taxas menores. Como é possível?

Se as taxas são muito penalizadoras para os contribuintes, porque é que o PS/Alpiarça é a Razão, enquanto esteve na Câmara sempre aplicou as taxas máximas, mesmo em tempos de de disponibilidade financeira em que se desbaratou dinheiro em fontes cibernéticas e estátuas do cavalo do sorraia, que já desapareceram há muito.

Se a autarquia está refém do plano de saneamento financeiro, tal como o país está refem da troika, quem foram os responsáveis por esta situação?

 Será que a memória é tão curta que apague as responsabilidades do PS/Alpiarça é a Razão na gestão da autarquia e do PS na gestão do país, que conduziram Alpiarça e o país à situação em que infelizmente nos encontramos?

Em situações de algum modo semelhantes, na Assembleia António José Seguro assume as suas responsabilidades e assina o acordo com a troika e co-responsabiliza-se pelo seu cumprimento. Em Alpiarça, o PS/Alpiarça é a Razão assume que há um plano de saneamento financeiro que impõe determinadas obrigações, mas vota de forma a que a Câmara se veja impossibilitada de o cumprir.

Para além de irresponsabilidade, ocorrer-me-iam alguns outros adjectivos que, por decoro e respeito pelos leitores, me abstenho de mencionar.

Quanto à possibilidade de as sessões da Assembleia Municipal serem gravadas em vídeo e difundidas pela Internet, pergunto, qual a razão de tanto alvoroço?

Alguém não quer que a generalidade da população possa acompanhar o decorrer das Assembleias? 

Que eu saiba não são reuniões secretas, os seus membros não usam avental, e são abertas ao público. Se eu não posso ir assistir às reuniões, muitas vezes longas, porquê rejeitar a possibilidade de as acompanhar através da gravação em video, na minha casa, de acordo com o tempo de que disponha, vendo agora uma parte, mais um pouco amanhã, e por aí fora.

Rejeitar esta possibilidade afigura-se-me como um entrave à participação dos cidadãos na vida democrática, que só encontrará justificação, talvez, na má consciência de alguns.

Mas os tempos mudam, e com eles as vontades. Longe vai o tempo em que o presidente da Assembleia Municipal era apelidado, pelos eleitos do PS,de arrogante, malcriado, ditador, etc.. O que terá mudado desde então?

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3 comentários:

Anónimo disse...

Excelente texto, sim senhor. Dos melhores, mais objetivos e honestos que por aqui li. Não conseguiría apresentar com tanta clareza aquilo que é a verdade pura e dura. Só quem não for intelectualmente honesto é que o negará. Parabéns mais uma vez pela clareza de raciocínio.

Anónimo disse...

toAi se fosse o Rosa do Céu a querer gravar as sessões da Assembleia Municipal. Que nossa Senhora e todos os santinhos nos acudissem!
Eu gostava de ver a cara do senhor presidente se o Mário Santiago fosse pôr uma máquina a filmar o que se passa nas reuniões de Câmara!
Eu sei que é mal comparado, pois quem manda nisto tudo é o senhor, os seus ajudantes e, principalmente, o seu controleiro.
Sim, porque até a Festa do Melão foi feita SÓ pela Câmara! É PRECISO TER UMA GRANDE LATA E NÃO TER VERGONHA NENHUMA, quando, perante uma Assembleia se disse o que se disse, e o que não se disse, sobre tal assunto!
Mas enfim, não seria de esperar o contrário! Nós, às vezes, é que ainda temos ilusões!
E as taxas?
Então só na oposição é que náo deviam ser aumentadas? Agora já podem ser?
O senhor Presidente e os seus ajudantes por acaso já pensaram nas figuras que andam a fazer? Então agora é preciso virem os deputados do Partido Socialista lembrar-vos que não podem haver aumentos e que a crise está a dar cabo das famílias e dos trabalhadores? E a CDU a propor aumentos?
E sábado, vão para Lisboa gritar contra os aumentos, não é?
Mas que grande aumento de mudanças que os senhores sofreram desde que estão no Poder!!! Ah, pois é!
Para terminar, só tenho mais uma observação a fazer - não dêem mais lições de economia ao minorca porque, ele para além de não perceber nada disso, só sabe mesmo o que ensina a cassete - política (e mal).
Manuel Rosado

Anónimo disse...

continuação

6. Projecto de Lei n.º 49/XII/1.ª (PCP) – Fixa em 21,5% a taxa aplicável em sede de IRS às mais-valias mobiliárias (Altera o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de Novembro);
Rejeitado
Favor – PS, PCP, BE e PEV
Contra – PPD/PSD e CDS-PP

7. Projecto de Lei n.º 50/XII/1.ª (PCP) – Cria um novo escalão para rendimentos colectáveis acima de 175000 euros e tributa de forma extraordinária dividendos e juros de capital (Altera o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de Novembro);
Rejeitado
Favor – PCP, BE e PEV
Contra – PPD/PSD, PS e CDS-PP

8. Projecto de Lei n.º 51/XII/1.ª (PCP) – Tributação adicional do património imobiliário de luxo (Alteração ao Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro, que aprovou o Código do Imposto sobre Transacções Onerosas – IMT – e o Código do Imposto Municipal sobre Imóveis – IMI);
Rejeitado
Favor – PCP, BE e PEV
Contra – PPD/PSD e CDS-PP
Abstenção – PS

O valor do IMI em comparação com os valores passíveis de serem arrecadados pelo Estado,caso estas propostas fossem aprovadas, é amendoins.

É tudo uma questão de opções, e infelizmente, PS, PSD e CDS há muito que estão ao lado dos mais ricos e poderosos, dificultando cada vez mais a vida a quem trabalha e vive do seu ordenado.

O resto é paleio de sanzala