Alguns movimentos, como os responsáveis pelo protesto de 15 de Setembro,
e estruturas sindicais das forças e serviços de segurança participam
neste sábado, em Lisboa, na manifestação convocada pela Confederação
Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP).
Apesar de a manifestação
ter sido convocada por uma central sindical, alguns movimentos sociais
vão aliar-se ao protesto, que vai decorrer no Terreiro do Paço, em
Lisboa, para demonstrar o desagrado contra as medidas de austeridade do
Governo.
Os subscritores do apelo Que se lixe a troika! Queremos as
nossas vidas!, que reuniram a 15 de setembro centenas de milhares de
pessoas em diversas cidades do país, apelam à participação e pedem aos
portugueses para que esqueçam divergências e se unam a outras forças
organizadas e aos movimentos «numa frente de resistência comum».
Também a Plataforma 15 de Outubro apela à participação na manifestação
convocada pela CGTP para o Terreiro do Paço, defendendo ser «fundamental
reforçar e radicalizar" os protestos "até à queda do Governo».
Os
polícias também vão marcar presença no protesto através da Comissão
Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos
Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, que integra elementos
da PSP, GNR, Polícia Marítima, Guardas Prisionais, Autoridade de
Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e Serviço de Estrangeiros e
Fronteiras.
Caso se verifiquem situações complicadas durante a
manifestação, os polícias têm a obrigação de agir e exercer a sua
autoridade, disse à Lusa fonte policial.
Segundo o estatuto
profissional da PSP, um polícia é obrigado agir, mesmo quando está à
civil e fora da atividade profissional, sempre que esteja em causa um
ilícito criminal, sob pena de incorrer numa sanção disciplinar.
Sobre o dispositivo policial preparado para a manifestação, a PSP não
divulgou números, mas adiantou que vão estar operacionais elementos da
esquadra da zona e do trânsito, Equipas de Intervenção Rápida e
elementos da investigação criminal, além dos agentes que pertencem ao
Corpo de Intervenção e ao Grupo Operacional Cinotécnico da Unidade
Especial de Polícia.
Fonte do Comando Metropolitano de Lisboa disse
à Lusa que a PSP manteve reuniões com a CGTP, adiantando que é a
própria central sindical que não pretende grupos violentos na
manifestação.
A mesma fonte adiantou que a PSP está preparada para a
eventualidade de integrar a manifestação grupos que não pertencem aos
sindicatos.
A manifestação vai ainda provocar cortes no trânsito
durante a tarde de sábado, nomeadamente na Avenida da Liberdade, Rua do
Ouro, avenidas Infante D. Henrique e 24 de Julho e os acessos entre o
Martim Moniz e a Praça da Figueira.
Lusa/SOL
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