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terça-feira, 18 de setembro de 2012

O que é preciso é acabar com as autarquias

 Isso é que é fundamental.
A poupança ao eliminar concelhos, é de vários milhares de milhões de euros.
E contrariamente ao que diz, é um erro dar as autarquias capacidade de criação de impostos, pois é nelas que se encontram os mais vis e sem escrúpulos elementos da classe politica, para já não falar nos escrotos pululantes que se aninham em empresas e municipais.
Quanto mais puderem cobrar, mais cobram. E mais estragam.
Qual é a razão válida para um pais com 10 milhões de habitantes ter 308 Concelhos? Nenhuma (para além dos jobs for the boys claro).
Nova York tem uma câmara e mais habitantes que nós. Paris idem.
Acabar com as câmaras é a reforma a fazer.
Substitui com (muita) vantagem a subida da TSU, libertando fundos, dando maior capacidade financeira ás autarquias restantes, prestando melhores serviços ás populações, etc.
Curiosamente nenhum partido politico a defende. Porque será?
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1 comentário:

Anónimo disse...

A crise europeia está sendo tratada pelos líderes políticos a partir de um discurso de sacrifício da população.

É igual ao discurso dos oficiais quando eles mandam os recrutas para morrer, com menos cheiro de pólvora mas não menos violento.

Este é um plano sistemático em nível mundial para jogar no lixo dois séculos de conquistas dos trabalhadores, para que a humanidade retroceda em nome da recuperação nacional. Este é um mundo organizado e especializado no extermínio do próximo.

E então condenam a violência dos pobres, dos mortos de fome; a outra se aplaude, merece condecorações.

A “austeridade” está sendo apresentada como única saída?

Galeano: Para quem? Se os banqueiros que causaram esse desastre foram e continuam sendo os principais ladrões de banco e são recompensados ​​com milhões de euros que lhe são pagos como compensação…

É um mundo muito mentiroso e muito violento. A austeridade é um antigo discurso na América Latina. Assistimos a uma peça de teatro que foi estreada aqui e já a conhecemos.

Sabemos tudo: as fórmulas, as receitas mágicas, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial…

Você considera que o empobrecimento da população é mais violento?

Galeano: Se a luta contra o terrorismo fosse verdadeira e não uma desculpa para outros fins, teríamos que cobrir o mundo com cartazes que dissessem: “procuram-se os seqüestradores de países, os exterminadores de salários, os assassinos de emprego, os traficantes do medo “, que são os mais perigosos, porque te condenam à paralisia.

Este é um mundo que te domestica para que desconfies do próximo, para que seja uma ameaça e nunca uma promessa. É alguém que vai te fazer dano e, para isso, é preciso defender-se. Assim se justifica a indústria militar, nome poético da indústria criminosa. Esse é um exemplo claríssimo de violência.

Passando à política latino-americana, o México continua nas ruas protestando contra os resultados oficiais das eleições…

Galeano: A diferença de votos não foi tão grande e pode ser difícil provar que houve fraude. No entanto, há uma outra fraude mais profunda, mais fina e que é mais nociva à democracia: a que cometem os políticos que prometem tudo ao contrário do que depois fazem no poder. Assim eles estão agindo contra a fé na democracia das novas gerações.

Quanto à destituição de Fernando Lugo no Paraguai, pode-se falar de golpe de estado se ela foi baseada nas leis do país?

Galeano: Está claro que no Paraguai foi suave e amplamente um golpe de Estado. Eles golpearam o governo do padre progressista não pelo que tenha feito, mas pelo que poderia fazer.

Não tinha feito grande coisa, mas, como propunha uma reforma agrária – em um país que tem o grau de concentração de poder da terra mais alto na América Latina e em consequência a desigualdade mais injusta – teve algumas atitudes de dignidade nacional contra algumas empresas internacionais toda-poderosas como a Monsanto e proibiu a entrada de algumas sementes transgênicas…

Foi um golpe de Estado preventivo, apenas no caso de, não pelo que és mas pelo que podes chegar a fazer.

Lhe surpreende que continuem ocorrendo essas situações?

Galeano: O mundo hoje é muito surpreendente. A maioria dos países europeus que pareciam estar vacinados contra golpes de Estado são agora governos governados pelas mãos de tecnocratas designados a dedo por Goldman & Sachs e outras grandes empresas financeiras que não foram votadas por ninguém.

Até mesmo a linguagem reflete isso: os países, que se supõe que são soberanos e independentes, têm que fazer bem seus deveres, como se fossem crianças com tendência à má conduta, e os professores são os tecnocratas que vêm para puxar suas orelhas.
(Eduardo Galeano)
Fonte: BBC