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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Boas práticas de transparência nunca fizeram mal a ninguém

 O que seria fundamental era que todo e qualquer organismo público tivesse a transparência financeira que a Casa Pia de Lisboa tem actualmente.
Desde uma reinspecção de uma viatura (5,75 €), à simples aquisição de um herbicida, está tudo espelhado no portal dos contratos públicos online.
Com os meios informáticos que existem hoje em dia, não há justificação para que a contabilidade pública só seja fornecida a pedido, como alguns advogam.
Se é compreensível que uma empresa privada oculte as contas aos seus concorrentes, em organismos sem concorrência comercial tudo deveria ser claro até ao cêntimo.
Seguros, telefones, subsídios a terceiros, refeições, combustíveis, vencimentos, etc.
Dá precisamente o mesmo trabalho lançar um documento contabilístico internamente, ou transferi-lo para uma plataforma informática.
Quem quiser comprovar, aceda a http://www.base.gov.pt/base2/html/pesquisas/contratos.shtml#pesquisa e no campo pesquisa insira "Casa Pia de Lisboa".
Se passasse a ser corrente esta prática, deixariam de acontecer algumas surpresas e antes de alguém gastar um cêntimo do erário público saberia que o acto era escrutinado de imediato por quem tivesse interesse.
Boas práticas de transparência nunca fizeram mal a ninguém.

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