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sábado, 10 de março de 2012

As câmaras não vão mexer nem uma palha


Este problema da sobrevalorização patrimonial vai-se por não só a nível local e nos 46 fogos, mas também em todo o concelho e em todo o país. O Valor de avaliação de uma habitação em Alpiarça anda pelos 600 euros o metro e depois consoante a idade e a localização esse valor/metro quadrado pode descer um pouco.
As câmaras não vão mexer nem uma palha. Aliás vão bater palmas! Porque o IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) antiga Contribuição Autárquica vai diretamente para os cofres das câmaras embora seja
cobrado pelas Finanças.
Comprendo que imenso património sub-avaliado cujos proprietários pagam "ninharias", mas nem 8 nem 80. Se aumentam o valor patrimonial para valores absurdos então que desçam a taxa.
Em vez dos 0,4% do valor cobrem o mínimo que é de 3%. Afinal já era uma boa ajuda. Mas da maneira como quase todas as câmaras do país estão com os cofres vazios e endividadas até aos cabelos, não me bota a crer!
Noticia realacionada:

3 comentários:

Anónimo disse...

Há que considerar aqui, as casas antigas.
Cobrar um IMI elevado por uma moradia com estrutura em madeira e paredes antigas é um crime, e um atentado ao património histórico.
Mais tarde ou mais cedo essa habitações vão necessitar de obras, e não consta que as Finanças ou a Câmara as paguem.
Aos proprietários, e depois de todos os ataques aos seus rendimentos, restará deixar degradar os imóveis.
Esta sanha cobradora sobre tudo o que mexa tem dado cabo do País.
No futuro, poucos serão os que recuperarão casas antigas.
Sai mais barato demolir e construir uma casa com materiais duráveis (alumínios, betão, fibras) do que reparar casas com madeiras ou paredes em adobe.

Anónimo disse...

Está à vontade do primeiro-ministro socialmente mais insensível da nossa história democrática!

Esta questão da nova avaliação das casas pelos técnicos das finanças é feita com base nas plantas que se encontram nas câmaras e que as fornecem aos ditos avaliadores. É fazer as contas ao metro quadrado e multiplicar e achar o total. Tanto faz que uns tenham acabamentos de luxo e que outros tenham apenas o indispensável. Se até agora havia injustiças daqui para a frente as injustiças ainda serão maiores. Concordo em absoluto com o comentarista das 15:18 muitas serão as casas que começarão a ficar ao abandono até caírem de velhas. "Mais tarde ou mais cedo essa habitações vão necessitar de obras, e não consta que as Finanças ou a Câmara as paguem. Aos proprietários, e depois de todos os ataques aos seus rendimentos, restará deixar degradar os imóveis. Esta sanha cobradora sobre tudo o que mexa tem dado cabo do País. No futuro, poucos serão os que recuperarão casas antigas. Sai mais barato demolir e construir uma casa com materiais duráveis (alumínios, betão, fibras) do que reparar casas com madeiras ou paredes em adobe."
Não gostava de ser profeta da desgraça mas antevejo muita gente a deixar de conseguir suportar tantos custos sobre as suas habitações e a entregá-las aos bancos...

Anónimo disse...

Caro comentador, está mesmo na mão da autarquia descer a taxa. Neste momento, em Alpiarça a taxa é máxima - 0,7%. Há situações em que a nova avaliação faz com que o montante a pagar seja multiplicado por um valor entre 15 e 20. Por exemplo, um imóvel que pagava 50 € passará a pagar entre 750 e 1000€, o que será incomportável para a maioria das pessoas. E falo de imóveis com mais de 30 anos. O critério foi completamente cego no que respeita á idade dos imóveis, atendendo sobretudo à área ocupada. Uma casa pode ter sido razoável há 30 anos atrás, mas hoje não terá as mesmas condições se não sofrer uma intervenção de fundo. E quem a poderá fazer nestas condições? Seria razoável que o IMI, fosse aumentado para o dobro, por exemplo, mas 1500% ou mesmo 2000%? Isto só na república das bananas em que Portugal se está a transformar.