Custa-me a dizê-lo mas tenho de concordar com o autor do texto. Eu própria que fui apelidada muitas vezes de "forreta" acabei por ser vítima de quem gastou à tripa-forra a pensar nas manias de grandeza.
Há pessoas que ganham pouco, tipo ordenado mínimo nacional mas, como apenas contam com aquilo que ganham,conseguem gerir o pouco que têm, dormem descansadas, andam nas ruas de cara descoberta e ainda conseguem uma pequena economia para fazer face a uma qualquer emergência.
Outras pessoas, até com graus académicos elevados, ganham 5 e 6 vezes mais e têm calotes por todo o lado, ao ponto de ninguém lhes vender fiado ou dar qualquer crédito.
Quer dizer, saber gerir, saber controlar o dinheiro que se tem e andar de cara descoberta não está na instrução ou grau cultural do indivíduo mas, na capacidade e organização que cada um tem na condução da sua própria vida.
Como se costuma dizer, o problema começa quando se dá o passo maior que a perna...
E a crise devastadora deste país está exactamente aqui. Nenhum político que conduziu Portugal nestes últimos trinta anos teve a coragem de governar com sentido de poupança e, sobretudo, justiça tributária, para que agora o impacto fosse menor.
Bastava estar atento a quem vinha para os jornais com relatórios anuais de contas de milhões e milhões em lucros que, depois de mansinho, foram para offshores e ninguém mais os viu.
Com a entrada de Portugal na CEE, diziam, não havia razão para receios económicos.
Éramos todos ricos!
Afinal, continuamos a ter os ricos de um lado e os pobres de outro.
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1 comentário:
Também me custa dizê-lo mas tenho de estar de acordo com a autora do texto.
Infelizmente esta é uma realidade que temos ainda presente.
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