"Se tivesses acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, terias ouvido as verdades que insisto em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço, mas nunca desacreditei da seriedade da plateia que sorria." –
Charlie Chaplin
Quando assaltavam a “loja”os marotos dos assaltantes nunca levavam coisas de pouco valor mas sim «tudo para cima das dezenas de milhares de contos».
O dito recebia a indemnização da companhia de seguros. Como isto acontecia todos os anos e da mesma forma as seguradoras começaram a recusar reembolsar o negociante daquilo que lhe roubavam até que chegou a altura de não haver companhia alguma que lhe quisesse fazer “seguros” pelo que acontecia com frequência.
Velho e sabido, o velho comerciante meteu uma acção em tribunal para que este resolvesse a situação. Assim foi. O juiz escolheu uma e a nomeada teve que aceitar.
Mas no fim do julgamento, o juiz, também velho e sabido, chamou o “amigo” comerciante para bem junto dele e perguntou-lhe junto do ouvido: «todos os anos roubam a sua “loja” e sempre da mesma forma. Não acha estranho que isto aconteça»? O comerciante ouviu, encolheu os ombros e não soube o que responder ao magistrado. Mas percebeu lindamente o “recado”
O povo tem sempre razão.
«Zangam-se as comadres descobrem-se as verdades».
Belo dia o comerciante zangou-se como um empregado, o «mais fiel e antigo da loja» e este foi despedido.
Teve o “descaramento” de exigir à entidade patronal as comissões daquilo que pela calada da noite «mudava de sitio» de forma a que no dia seguinte todos soubessem: «mais uma vez a loja de…foi assaltada por meia dúzias de meliantes» que não dão sossego ao «velho e sabido comerciante».
Moral da história: Despedido que foi o zeloso funcionário um ano depois a loja encerrou para falta de “assaltos”.
NI - Este texto é puramente fictício e é fruto da imaginação do autor pelo que não deve ser considerado como verídico ou que tivesse acontecido.
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