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domingo, 3 de outubro de 2010

Jerónimo considera que aumento do IVA vai diminuir competitividade das empresas

O líder do PCP considerou hoje que o aumento do IVA previsto no Orçamento do Estado para 2011 vai contribuir para a perda de competitividade das empresas portuguesas.
Num almoço-convívio de partidários do PCP, em Ourém, concelho de Santarém, Jerónimo de Sousa criticou as medidas de austeridade previstas pelo OE2011.
Para o secretário geral comunista, a subida do IVA vai provocar uma "divergência" com as empresas espanholas.
"As nossas pequenas e médias empresas hoje estão confrontadas com um diferencial de mais de cinco por cento do IVA, o que significa que com aplicação desta subida as empresas portuguesas perdem competitividade e produtividade", logo "vão à falência", salientou Jerónimo de Sousa.
Afirmou ainda que, apesar de terem sido "os especuladores" a provocar a crise, a resposta dos Governos foi "procurar resolver a crise do sistema financeiro, encharcando com dinheiros públicos esses bancos em dificuldade".
Referindo-se ao BPN, Jerónimo de Sousa recordou que o Estado transferiu "quatro mil milhões de euros". Por isso, "a famigerada dívida pública alargou imediatamente" e "faltou às contas públicas o dinheiro público que foi transferido para o BPN".
O líder do PCP referiu também que "90 por cento das receitas do Estado são pagas pelos trabalhadores, pensionistas e reformados" através das "receitas do trabalho e pequenos rendimentos".
"Só dez cento" é pago "pelos grandes grupos económicos", frisou.
Jerónimo de Sousa alertou ainda para uma "pior recessão" nos próximos anos, provocada pelos "especuladores dos mega bancos franceses e alemães", que "vão buscar ao Banco Central Europeu verbas a um por cento de juro e chegam a Portugal e emprestam a 6,5 por cento".
Para enfrentar a situação, aconselhou o Governo a apostar na exploração dos recursos que o país possui: "recursos geológicos, fileira florestal, agricultura, pescas e economia do mar", defendeu ainda a criação da riqueza interna.
Para o secretário geral comunista, é preciso explorar a indústria. "Temos a maior mina de cobre da Europa [Neves-Corvo]- nem falo das potencialidades que temos em relação ao ouro, prata e urânio, que temos no nosso subsolo, - e não há uma indústria de transformação de cobre", criticou.
Jerónimo de Sousa informou que há países sem minas de cobre que "possuem fortes indústrias de produção e transformação de cobre", que recebem de Portugal.
«Lusa»

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