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domingo, 3 de outubro de 2010

Grande assembleia da CGTP-IN dá força à greve geral

A decisão de convocar greve geral para dia 24 de Novembro foi recebida com vibrantes aplausos e gritando «A luta continua!», pelas centenas de dirigentes e activistas sindicais que participam na grande assembleia que a central está a realizar hoje, dia do seu 40.º aniversário, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa.
Esta grande assembleia, em que participam também vários antigos dirigentes da Intersindical Nacional e, entre estes, alguns que estiveram nas primeiras «reuniões inter-sindicais», constitui um momento alto da celebração dos 40 anos da fundação da maior organização social do País, foi convocada com o objectivo de que se «faça a afirmação do projecto sindical desta grande central sindical, se assumam os compromissos necessários para o seu prosseguimento e se afirmem os compromissos de acção e luta sindicais dos tempos próximos».
A realização desta grande assembleia foi decidida após a acção de luta de 8 de Julho, com manifestações em várias localidades, na mesma reunião do Conselho Nacional em que foi convocada a jornada de 29 de Setembro, que anteontem trouxe dezenas de milhares de pessoas às ruas de Lisboa e do Porto.
A convocação da greve geral - para que as trabalhadoras e os trabalhadores façam ouvir a sua voz, contra uma política que exige sempre mais sacrifícios a quem vive do seu trabalho e oferece cada vez mais benesses e lucros ao capital, por políticas alternativas, que tenham os trabalhadores e os seus agregados familiares como destinatários principais - foi decidida ontem, pelo Conselho Nacional, por unanimidade.
A decisão foi comunicada aos participantes na assembleia pelo Secretário-geral da CGTP-IN, na sua intervenção inicial, em que abordou também a história da central. Manuel Carvalho da Silva afirmou que a Inter é a herdeira das melhores tradições do movimento sindical português, desde as suas origens, na segunda metade do século XIX. Salientou que esta greve geral vem na sequência da tradição, da prática e das provas dadas pelo movimento sindical unitário e constitui uma acção de luta em favor dos trabalhadores, mas igualmente em favor dos interesses do povo e do futuro do País.
Para a concretização da greve geral, a CGTP-IN vai promover, nas próximas duas semanas, um grande número de plenários e reuniões com trabalhadores, para alargar o esclarecimento, a mobilização e a participação.
A par do esforço acrescido para chegar ainda a mais homens, mulheres e jovens, para ajudar a vencer os espartilhos e os medos que ainda subsistem e para que cada trabalhador se assuma como um protagonista desta greve geral, Carvalho da Silva adiantou ainda que a central propõe uma forte unidade na acção a todas as organizações sindicais.
Para 24 de Novembro, a Intersindical propõe-se prosseguir e intensificar a luta, a partir dos locais de trabalho, envolvendo trabalhadores de todos os sectores de actividade, com vínculo efectivo ou precário, com e sem filiação sindical, para a resolução dos seus problemas e para uma nova política para o País, que assegure o desenvolvimento económico e social e a valorização do trabalho.
«PCP»

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