Estive presente na tomada de posse do novo executivo e com efeito, comentava-se o facto da CDU, tal como procedeu para a Assembleia de Freguesia, ter convidado o PS a indicar um elemento da sua lista para integrar a mesa da Assembleia Municipal e pelos vistos os eleitos do PS recusaram.
Enfim posturas diferentes.
Alpiarça viveu uma governação de 12 anos a apregoar a democracia (como se dela fosse dona), a "elevação", a “dignidade” etc, etc, etc..., contudo, para além das frases feitas e das palavras gastas, na prática mostrou-se incapaz de conviver com a diferença de opinião, aliás como foi visível nas intervenções dos membros da Assembleia Municipal dos três mandatos anteriores que, para além de nunca aceitarem uma sugestão, uma proposta vinda da oposição, quantas vezes num tom provocatório e ofensivo, recusavam dar respostas às questões colocadas, ocultavam dossiers e informações importantes para a discussão.
Na verdade, ainda ontem também a Presidente da Assembleia Municipal cessante não resistiu a tentar dar lições de democracia, repetindo um discurso que já tinha proferido na última Assembleia, o que não era suposto, esquecendo-se entretanto de cumprimentar os novos eleitos após a assinatura da posse.
Também me indignou o facto da bancada do PS não ter a humildade de aceitar o sufrágio dos alpiarcenses ao recusar aplaudir, numa cerimónia formal, o novo executivo.
Finalmente, o discurso da nova eleita municipal do PS, sem chama e, sobretudo, preocupado em exigir contas que os eleitos do PS nunca prestaram, nem à população, nem à oposição em sede de Assembleia Municipal, que, como todos nós sabemos é o órgão fiscalizador da actividade da Câmara.
Do lado oposto o discurso do novo presidente da Câmara. Um discurso sincero humanista e comovente, sem entrelinhas, sem arrogância, agradecendo a todos os autarcas que, desde do 25 de Abril, transformaram esta terra numa terra mais próspera, pedindo a ajuda de todos para continuarmos a trabalhar em prol de um maior desenvolvimento e de uma melhor e mais saudável convivência entre todos.
Não foi um discurso de circunstância, mas sim uma vontade de paz e de verdade. A voz embargada do Mário Fernando comoveu-me e fez-me acreditar que tudo pode ser diferente se todos colaborarmos.
1 comentário:
Caros colaboradores:
Ao abrir a minha caixa de correio deparei-me com um comentário assinado com o meu pseudónimo “AC”, sobre a tomada de posse dos nossos representantes Autárquicos para a Câmara Municipal e Assembleia Municipal. Ora se eu quisesse ter redigido algum comentário sobre este assunto neste jornal ou noutro, ter ia-o feito, não preciso que ninguém assine por mim comentários que não são os meus.
Aproveito para dizer que opinarei sempre que entender sobre qualquer assunto da vida politica e social do concelho, ou a nível Nacional, como deve opinar qualquer cidadão, e assinarei as minhas crónicas e comentários como sempre fiz.
Os meus cumprimentos.
Anabela Costa “AC”
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