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domingo, 22 de novembro de 2009

PARA GRANDES MALES GRANDES REMÉDIOS

Já lá vão muitos anos, apareceu-me uma verruga num dos dedos indicadores que, para além de enorme, me causava um certo desconforto e mau estar.Utilizei toda a sorte de calicidas e outros produtos receitados por médicos especialistas bem como mezinhas caseiras aconselhadas por familiares e amigos que nestas coisas sempre dão jeito.

Eu cortava, roía e fiz trinta por uma linha durante anos para erradicar aquela maldita verruga ou calo como alguém lhe chamou, do meu dedo indicador, sem sucesso.

Um dia nas minhas incursões pelo continente africano, por razões de ordem profissional, encontrei por acaso um velho médico escocês daqueles, tipo João Semana, perdido na imensidão e no ar abafado do mato africano que me disse: "Meu amigo só há uma maneira de tirar essa verruga desse dedo! chega aqui..."E com uma lâmina muito afiada, tipo bisturi, começou por cortar em pequenas tiras aquela verruga até chegar à sua raiz, dizendo:" Daqui a mais dois ou três dias vais de novo cortar mais um pouco, mesmo com uma lâmina de barbear. Não importa que apareça algum sangue. Vais repetindo esta operação até destruíres completamente a sua raiz."
Assim fiz durante um mês ou dois pondo de lado os fármacos usados no tratamento do dito “forefinger”. E o problema de facto, ficou resolvido até aos dias de hoje.

Lembrei-me então, o ditado popular: "Cortar o mal pela raiz" fazia ali realmente todo o sentido. Aquele velho, João Semana escocês, ensinara-me ali em poucos minutos aquilo que eu em anos não havia compreendido, mesmo conhecendo tão lapidar frase.

Diz-se que, para grandes males grandes remédios!

Mas, há coisas que só têm cura, cortando o mal pela raiz.

PS: Recordo esta história ao ler algumas opiniões de alguns leitores acerca do que se passa na nossa Câmara Municipal. E porque não no País inteiro… (?)

Por: Português PT

1 comentário:

Anónimo disse...

Já há uns tempos que não tínhamos por aqui a presença sempre bem- vinda de português pt.
Comecei a ler pensando que teríamos ali uma crónica por terras de Monomotapa, do nosso colaborador.
Afinal, conforme já nos habituou,este Português não vai ao mato sem corda.
Com aquele remate final,por analogia, todos percebemos o o seu alcance. Parece que o recado foi dado.

Almeirante