José Alexandre Vieira, um dos três suspeitos dos tiros ao posto da GNR de Alpiarça, saiu na quarta-feira do Tribunal de Almeirim com um misto de alívio e revolta.
“Aliviado” porque foi absolvido dos oito crimes de que estava acusado, entre os quais cinco de homicídio qualificado na forma tentada. Mas “revoltado” porque “inocentemente, estive em prisão domiciliária durante sete meses, ao abrigo de um processo que não tinha quaisquer provas contra mim, e que prejudicou bastante a minha vida”, disse o arguido ao nosso jornal.
“Aliviado” porque foi absolvido dos oito crimes de que estava acusado, entre os quais cinco de homicídio qualificado na forma tentada. Mas “revoltado” porque “inocentemente, estive em prisão domiciliária durante sete meses, ao abrigo de um processo que não tinha quaisquer provas contra mim, e que prejudicou bastante a minha vida”, disse o arguido ao nosso jornal.
“Ainda falta discutir este assunto com o meu advogado, mas garanto que vou interpor um processo contra o Estado português por danos morais e patrimoniais”, salientou José Alexandre Vieira, acrescentando que “ninguém pode ser tratado desta maneira pela justiça”.
Na leitura do acórdão, que demorou talvez três minutos, a juíza-presidente do colectivo sustentou a decisão no facto de não terem sido provados nenhum dos factos pelos quais o arguido respondeu em tribunal.
Nenhuma das 14 testemunhas arroladas pela acusação do Ministério Público (MP) foi capaz de relacionar ou identificar José Vieira como um dos autores dos tiros de caçadeira sobre o posto da guarda, e sobre as residências particulares de um cabo da GNR e de um guarda-florestal.
O próprio MP já tinha pedido a sua absolvição, nas alegações finais.
Recorde-se que a GNR de Alpiarça foi atingida com tiros de caçadeira em duas ocasiões, a 14 de Janeiro e a 6 de Abril de 2008, sempre de madrugada, por desconhecidos que pararam um carro em frente ao posto e disparam contra o edifício.
Na segunda vez, o condutor perdeu o controlo da viatura, um Citroen de matrícula francesa, e embateu em quatro carros que estavam estacionados no beco, o que os obrigou a fugir a pé.
O proprietário do veículo, Filipe Mira, foi detido no dia seguinte. O segundo suspeito, António Teixeira foi capturado pela Polícia Judiciária alguns dias depois, após o funeral da mulher, tendo também ficado em prisão domiciliária.
«O Ribatejo»
Sem comentários:
Enviar um comentário