Há uma certeza que todos os partidos têm sobre as eleições autárquicas: o PSD vai ganhar em número de câmaras. Os sociais-democratas levam um avanço de 50 autarquias e, mesmo que sofram alguma erosão, será muito difícil serem ultrapassados pelo PS, avança a edição do SOL desta sexta-feira
É com essa margem de conforto que a direcção do PSD parte para as eleições de domingo, tendo fixado como objectivo ter mais câmaras, mais juntas de freguesia, mais mandatos e maior número de votos do que os socialistas.
Detêm actualmente 158 câmaras (algumas delas em coligação com outros partidos), um cenário que até a direcção reconhece que não será fácil repetir.
No balanço final, o PSD admite a possibilidade de ficar, no máximo, com menos 12 câmaras. No que toca às capitais de distrito, porém, não contam perder nenhuma das que lideram e ainda apostam forte na conquista de Faro, com Macário Correia.
Também em Lisboa e Braga jogam ao ataque, mas a vitória não é considerada tão previsível. Certo é que mesmo que Santana Lopes não consiga ‘roubar’ a capital ao socialista António Costa – uma meta que os opositores internos de Ferreira Leite insistem em lhe impor, sublinhando que foi uma aposta pessoal da líder –, a presidente social-democrata não deixará de cantar vitória caso se confirme o cenário de ter mais câmaras e mais votos do que os socialistas.
É com essa margem de conforto que a direcção do PSD parte para as eleições de domingo, tendo fixado como objectivo ter mais câmaras, mais juntas de freguesia, mais mandatos e maior número de votos do que os socialistas.
Detêm actualmente 158 câmaras (algumas delas em coligação com outros partidos), um cenário que até a direcção reconhece que não será fácil repetir.
No balanço final, o PSD admite a possibilidade de ficar, no máximo, com menos 12 câmaras. No que toca às capitais de distrito, porém, não contam perder nenhuma das que lideram e ainda apostam forte na conquista de Faro, com Macário Correia.
Também em Lisboa e Braga jogam ao ataque, mas a vitória não é considerada tão previsível. Certo é que mesmo que Santana Lopes não consiga ‘roubar’ a capital ao socialista António Costa – uma meta que os opositores internos de Ferreira Leite insistem em lhe impor, sublinhando que foi uma aposta pessoal da líder –, a presidente social-democrata não deixará de cantar vitória caso se confirme o cenário de ter mais câmaras e mais votos do que os socialistas.
2 comentários:
Sónia Sanfona ganhará
Está terminada a mais longa campanha eleitoral. Desde Junho que as forças politicas tentam conquistar posições que lhes permitam ocupar a Camara.
Analisando objectivamente esta maratona, e resumindo o que foi esta campanha, diremos que os Comunistas partiram melhor, o que é fácil de compreender, tinham um candidato no terreno desde as últimas eleições, restava acertar alguns pormenores relativamente às listas, cuja constituição, apesar de tudo,causou agum mal estar e desentendimentos no seio da organização comunista. Houve desde logo um percalço, grave porque não é habitual o PC cometer estes erros, que foi o facto de terem lançado um candidato para a Junta de Freguesia e que, depois de estar tudo na rua e já estar apresentado ao eleitorado, o mesmo ter desistido da corrida por razões pessoais atendiveis, mas que gerou logo um clima de desconfiança sobre a ligeireza e falta de prudência como as coisas tinham sido tratadas. Seguiram-se acções de campanha que foram sendo feitas no terreno, nos contactos pessoais e algumas acções de rua,que foram perdendo o entusiasmo inicial ao longo do tempo, para terminar em Outubro sem qualquer chama e, parece-nos com a convicção de que a batalha está perdida. O caso dos médicos, e a sua resolução, gerou muitas simpatias pela Sónia Sanfona e muita gente sentiu-se instrumentalizada nas vigilias efectuadas que foram muito partidarizadas e isto irá custar alguns votos ao Prof. Mário.
Se bem se lembram, nas eleições de 2005 o Prof Mário foi o que teve menos votos dos 3 cabeças de lista da CDU. Teve menos 80 votos que o cabeça de lista à Junta (Antª Julio) e menos votos que o Dr. José Miguel (Assembleia Municipal), o que também é significativo e deve ter uma leitura politica, quanto à sua aceitação generalizada.
MJ
O Partido Socialista começou mais tarde. Havia um novo cabeça de lista, o que inicialmente gerou alguma controvérsia, mais externa do que interna, pois a candidata era consensual tanto no seio da estrutura partidária como no seio do movimento cívico à sua volta, como se veio a verificar. Houve uma situação inicial de sair com os cabeças de lista, que não mereceram qualquer reparo da população, bem pelo contrário. As acções iniciais começaram pelos contactos de porta e pessais, foi feito um trabalho quase anónimo, mas muito proveitoso. A sensação foi de que não havia campanha na rua, mas com efeito ela estava no terreno. A verdade é que foi em crescendo para acabar esta Sexta Feira deixando no ar a sensação de que Sónia Sanfona será a vencedora das eleições, convicção que saíu reforçada com os resultados das últimas legislativas e vamos mais à frente dizer porquê.
A candidatura do PSD/CDS não existiu, apesar de alguns fogachos que pretendeu transmitir de que queria ser uma alternativa credivel às forças já no terreno (PC e PS). A escolha de Maria América Cravo deitou por terra qualquer ilusão mesmo dentro dos militantes e simpatizantes do PSD, que se viraram definitivamente para a candidatura de Sónia Sanfona, como forma de travar o regresso do PC à Câmara. O debate na Rádio foi a gota final nas esperanças que alguns tinham em América Cravo. O facto da maior parte dos seus próprios apoiantes terem saído logo ao intervalo, completamente desiludidos (aqules que ainda tinham alguma ilusão) com a sua prestação, revelava que a candidatura morria definitivamente ali. Muita gente do PSD começou a entrar nas acções de rua, como se pode verificar, assumindo claramente e aos olhos de todos esse apoio.
Relativamente às legislativas notou-se algum abstencionismo em Alpiarça que penalizou o PS. Muita gente estava descontente com o Governo e não votou, nomeadamentre professores e outras classes que não se sentiram beneficiadas com a governação.Não votaram PS, mas também não votaram PC, sendo que muitas votaram BE e outras abstiveram-se. Grande parte destas pessoas irão votar em Sónia Sanfona nas proximas eleições autárquicas e são em número muito significativo, o que faz pender a balança para o seu lado.
A dramatização que o PC fez destas eleições fez ainda com que aqueles que não são da área comunistas se unissem cada vez mais no sentido de não os deixarem voltar à gestão camarária.
A análise objectiva destes dados leva-me a pensar que Sónia Sanfona ganhará, até com alguma boa margem de votos, as eleições do próximo Domingo, o que não me admira dada a boa campanha que foi feita, porta a porta, em conversas individuais e com a máxima atenção às sugestões e às reclamações que foram sendo apresentadas. Penso que esta atitude positiva caíu muito bem entre a população e que se irá reflectir na votação.
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