Por: M. Ramos |
Meu caro Gabriel Tapadas, todos nós demos pela troca das siglas que refere, só que como já estamos tão cansados e habituados a estas trocas e baldrocas de uns quantos troca-tintas que por vezes nos entram pela casa dentro, já não estranhamos, nem sequer temos pachorra para correções. Como soa dizer-se, já estamos por tudo! Assim como demos pela gafe, propositada ou não do seu "MINDRICO". O Minderico ou "Piação do Ninhou" uma língua ou "calão" que nasceu na região de Minde, aqui bem perto de nós, no século XVIII, foi em princípio criada como "linguagem secreta" por produtores de têxteis locais e negociantes, como aconteceu aliás com outras formas de comunicação não consideradas dialetos, em Portugal e outras partes do mundo.
No caso concreto do meu amigo, que não há muitos anos emigrou para Terras de Vera Cruz, nota-se uma "piação" de facto, bem diferente!
Faz-nos lembrar aquele jovem que em pleno século XX partiu de Portugal em visita a um tio há vários anos emigrado no Brasil e, quando regressou seis meses depois, estando o pai a tratar da pequena horta que possuíam lá na terra, perguntava: " Papai que são aquelas árvores plantadas ali?" - O pai responde: "Porra pá! Foste daqui há seis meses e já não sabes que aquilo são batateiras?..." " Poxa vida papai, me estavam parecendo bananeiras!..."
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1 comentário:
Ao meu amigo secreto M. Ramos
Acho que entendeu muito mal a minha mensagem.
Foi um trocadilho com muita intenção, para as pessoas pensarem bem em quem vão entregar o seu mais valioso bem (o seu voto).Como não se identificou, não sei a sua idade, e como deixei aí amigos ate de tenra idade, quem sabe se você não é um deles, que não chegou a conhecer, um D. Sebastião que tinha por nome ( PRD. partido renovador democrático) que teve a curta duração duma gestação.
Quanto á sua observação de MINDERICO, o meu conhecimento, indica que Minderico são os naturais de Minde . E mindrico,tem a baixo uma fonte oficial onde prova que não escrevi errado. Mas como a língua portuguesa é tão rica em sinónimos, ate talvez tenhamos os dois razão. Mas não vou mais discutir esse assunto. Só lhe quero chamar atenção para a sua parábola, que embora me encontre ha mais de 10 anos no Brasil, preservo muito a minha lingua pátria. Não troco batatas por bananas. Se um dia aí for e nos encontramos e numa conversa usar termos diferentes, não é por vaidade. Mas sim pelo habito que vamos adquirindo ao conviver com pessoas que usam termos diferentes, do Português de Portugal
Se se quiser identificar para mim, fica autorizado a pedir o meu e-mail ao Diretor deste jornal, terei muito prazer em (bater um papo ou ter uma prosa agradável com este amigo, por agora secreto.
PS: Já pensei em um dia pedir ao Diretor deste jornal, para ilustrar algumas das diferentes expressões, que os nossos irmãos usam, assim como nome de coisas. Fica aqui uma de exemplo (fita métrica, se chama de TRENA).
Gabriel Tapadas Marques
10.06.2009 às 10h000
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ATUALIDAE
Mindrico: A fala secreta dos têxteis de Minde e Mira de Aire
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