Sou leitor do JA sempre que posso, desde a sua fundação em 2009, o tempo de uma gestação antes da perda de mandato do PS para a CDU na câmara de Alpiarça. Nessa época, já lia o “Rotundas & Encruzilhadas” como qualquer “resistente” alpiarçoilo que se prezasse. Não sou daqueles que dizem não lerem coisas anónimas, coisas escritas por gente que não escarrapacha o bilhete de identidade em cada texto que escreve, nem pouco mais ou menos. Tanto assim que nem vou assinar este comentário. Espero que tenha o mérito de escapar ao corredor do cesto dos papéis. Também, assinar para quê se não sou político, e nem valho nada enquanto cidadão anónimo e pobretana de pé descalço!? Como se a gente não soubesse que eles, os ilustres, todos os dias aqui vêm para saber se dizem bem ou mal deles, ou mesmo se falam deles.
Desde essa altura (Janeiro de 2009) mais coisa menos coisa, habituei-me a ler os escritos de M. Ramos e outros autores, que sempre considerei interessantes e muito bem fundamentados. Há dias li esta polémica da língua "minderica" inicialmente proposta pelo cabeça de lista do PDR por Santarém Pedro Barroso aos seus adversários que diziam não ser ele Ribatejano para poder defender o Ribatejo. Posteriormente, foi aqui aflorado pelo senhor Tapadas Marques a partir do Brasil, em jeito de graçola ou gozação política, que lhe chamou de "mindrico" metendo até, propositadamente segundo ele, a troca de siglas do PRD e PDR no mesmo saco, tentando com isso fazer a sua campanha ideológica que é por demais conhecida em Alpiarça e no Brasil não sabemos. Em seguida, bem ao seu estilo, veio M. Ramos que o chamou à atenção para as areias movediças em que se estaria a meter. O senhor Tapadas parece não ter percebido, como pudemos ler nos posts e comentários alusivos ao tema e, o resultado só poderia ser este que agora estamos a presenciar. O senhor Ramos parece ser pessoa de não levar desaforo para casa e, como prático e metódico que é, colocou as coisas em pratos limpos como é seu timbre, para que não restem quaisquer dúvidas aos mais céticos e distraídos.
Quem ficou a ganhar com esta discussão e publicidade, foi indiscutivelmente a língua "Minderica" ou "Piação do Ninhou" e os seus defensores falantes. O poeta e compositor Pedro Barroso deve estar felicíssimo por isso. Assim tenha a mesma sorte no próximo dia 04 de Outubro.
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