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Meus caros amigos e leitores do Jornal Alpiarcense, porque se instalou nestas páginas alguma confusão e polémica relativamente ao “Minderico”, uma língua ou “calão” da região de Minde a que alguns chamam teimosa e leigamente de “Mindrico”, vamos dar voz aos especialistas (alguns naturais de Minde e Mira de Aire) para que nos esclareçam:
Vejamos o que diz a Dra. Vera Ferreira no “minde online” blog dos Xarales do Ninhou e que, tal como o maestro Pedro Barroso é uma especialista e acérrima defensora do “Minderico”:
“Fiquei extremamente chocada com o que li, por um lado pela falta de investigação de base que esta notícia revela (não há qualquer referência ao actual trabalho de documentação e revitalização do minderico, enquadrado no programa DOBES e financiado pela Fundação Volkswagen) e, por outro, pela imprecisão e até mesmo desconhecimento da realidade linguística aqui descrita, bem como por algumas observações do Prof. Abílio Martins.
Comecemos por exemplo pelo título da notícia: "Mindrico: A fala secreta dos têxteis de Minde e Mira de Aire". Que veracidade deve ser concedida a uma notícia que nem sequer "MINDERICO" sabe escrever? Uma coisa é a forma como se diz, outra a forma como se escreve. Curioso os tais estudiosos que a notícia fala não saberem isso. Por outro lado, erros desta natureza na nomeação do tema central da notícia revelam a tal falta de investigação e o fraco trabalho jornalístico a que me refiro no parágrafo anterior.”
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…E mais adiante em comentário:
“Este zegrego que jordo pelo tece-tece, sem estar antónio forno, vai apiamado de dideza por o que mirantei pelo bruxo.
Para os covanos que não penetram da nossa piação, estas que gambio à do pinto lopes, são o zé balela que a piação dos xarales não emana só com menízias, imprimadores, e rijos. Se jordarmos da chaveca, a piação à modeia também emana pelancho para amuntassar o que nos pia a biata do tróia.
Tradução: Este escrito que mando pela Internet, não me deixa satisfeita e vai cheio de tristeza pelo que li no computador. Para aqueles que não entendem a nossa língua, estas palavras são a prova que a Língua Minderica não serve só para falar de mantas, de cardadores e de negociantes. Se pensarmos bem, o Minderico também serve para exprimirmos o que nos vai na alma.
Uma Xarala dos 4 costados"
Vera Ferreira
Sem mais comentários, dou aqui por minha parte encerrado este assunto cujo texto seguirá por correio electrónico. Quanto à polémica gerada neste jornal, sobre o “Minderico” e o “Mindrico” com comentários de “cobardia” à mistura, cada leitor que analise e tire as suas conclusões. Aprendemos no entanto, (como diz o Povo) que o sapateiro não deve ir além do sapato.
Grato pela atenção
M. Ramos (leitor Identificado)
(*) Fotos ilustrativas
(*) Fotos ilustrativas
2 comentários:
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Tabém não quero mais falar do assunto.
Nem ponho em causa tamanha eloquência, nem a veracidade dos factos. Mas este Senhor, se identifca para o jornal, continua a ser um anómimo para mim. Se fosse no tempo medíevel, poderia consideral uma luva branca na cara. Pois com muita mestria literária ofende o seu semelhante, e acusa do que ele próprio pratica. Acho que fui bem simpático com este Senhor, só não estou a habituado a falar com gente sem rosto. Em todo a minha vida, assumi as minha responsabilidades, sem nessessidade de esconder os meus actos.
Não vale a pena comentar mais nada pois não vou ripostar mais. E só fiz agora pelas frases que usou e me tocou, como outras anteriores que usou.
(Quanto à polémica gerada neste jornal, sobre o “Minderico” e o “Mindrico” com comentários de “cobardia” à mistura, cada leitor que analise e tire as suas conclusões. Aprendemos no entanto, (como diz o Povo) que o sapateiro não deve ir além do sapato.)
GABRIEL TAPADAS MAQRQUES
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