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sexta-feira, 13 de março de 2015

"Estas imoralidades são privadas mas efeitos atingem os cidadãos"

Para Manuel Carvalho da Silva, falta ética à economia atual, que se tornou “capaz de matar por mais um ponto percentual de taxa de lucro”.


Num texto intitulado 'A Economia que mata', no Jornal de Notícias, o professor universitário e antigo líder da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, escreve que a “legalidade instituída” da economia atual “deixa bem longe a moral e a ética”.
Partindo de casos de empresas nacionais, Manuel Carvalho da Silva critica as remunerações de gestores e acionistas, considerando que “as decisões que conduzem a estas imoralidades são privadas mas os seus efeitos atingem a vida de cada cidadão”.
Para Carvalho da Silva, os recém-anunciados lucros da EDP, que faturou 1.040 milhões de euros no último ano, são lucros que “constituiriam receita no Orçamento do Estado” caso a empresa fosse pública, escreve no Jornal de Notícias, onde critica também que “desde 2010 até 2014 os gestores e acionistas da PT levaram para casa 3,5 mil milhões de euros” num período em que as remunerações de trabalhadores da empresa diminuíram 5,3%.
Na perspetiva do ex-líder da central sindical, estes casos devem também de servir de alerta para outras privatizações em curso, como a da TAP.
«NM»

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