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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Governo corta um terço do pessoal político nas autarquias

 Lei das competências dita fim de 673 cargos de apoio político e poupança 12,5 milhões de euros anuais.
No próximo mandato autárquico serão extintos 673 cargos, o equivalente a 34% dos pessoal de apoio político actualmente empregado nas autarquias. C om esta medida, prevê-se uma poupança anual de 12,5 milhões de euros em ordenados. Segundo a projecto da nova Lei das Competências que hoje será aprovado em Conselho de Ministros, o objectivo é fomentar a cooperação entre municípios, aumentar a competitividade e desenvolvimento local, gerando uma poupança indirecta de vários milhões. Um estudo encomendado pela Câmara do Porto à Faculdade de Economia local e utilizado pelo Governo na elaboração da lei garante que, no caso da cidade, é possível poupar 10% do valor actualmente investido em serviços caso a colaboração entre municípios seja reforçada. Uma percentagem que o Executivo espera alargar a todo o território nacional.
A extinção de freguesias estará concluída até ao final do ano, até Fevereiro as autarquias têm de decidir quais as empresas do sector empresarial local a extinguie e há muito que sabem que terão de reduzir o pessoal. A somar a tudo isso, foi colocado em prática o Programa de Apoio à Economia Local - linha de crédito no valor de mil milhões de euros - que exigirá aos municípios a adopção de medidas de saneamento financeiro - entre elas, a colocação no máximo de todas as taxas municipais. Hoje, em Conselho de Ministros, será aprovado o penúlitmo diploma da reforma do poder local.
A nova lei quadro para as competências de autarquias e entidades intermunicipais terá implicações na organização do território, mas também na distribuição de funções ao nível do poder local a partir da próxima legislatura autárquica. Primeiro, passará a ser preciso agregar cinco municípios e pelo menos 90 mil habitantes para ter estatuto de comunidade intermuncipal - novidade que garante a reformulação de três das 25 comunidades já existentes - mas também serão criados dois novos órgãos de governação: o primeiro é o Conselho Metroplitano, a ser constituído pelos presidentes de câmara e de onde sairão os eleitos para o segundo, a Comissão Executiva da região. Mas a maior reforma será ao nível das competências. O Estado poderá passar a contratualizar responsabilidades tanto a autarquias como às entidades intermunicipais, que deverão assegurar a melhor gestão dos recursos públicos disponíveis na região. No sentido inverso, também os municípios passarão a delegar nos novos órgãos de gestão intermunicipal o planeamento económico e social da região, sendo de esperar incentivos financeiros para as que conseguirem melhorias nos respectivos índices.
«DE»

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