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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Deco recebe este ano quase 2.900 queixas sobre o preço da água, mais que em 2011

  O preço da água motivou este ano quase 2.900 reclamações de consumidores à Deco, ultrapassando já o total do ano anterior, revelou a associação de defesa dos direitos dos consumidores. 
 "Este ano temos recebido muito mais queixas e pedidos de informação  sobre água, até porque estamos numa altura de crise que se reflete muito  nos serviços públicos essenciais", como a água ou a eletricidade, explicou  à Lusa o jurista da Deco Paulo Fonseca. 
Em todo o ano passado a associação recebeu 2.642 reclamações relacionadas  com a água, número já ultrapassado pelas 2.890 queixas registadas até outubro  deste ano. 
"Os consumidores percebem que nuns municípios se paga mais do que noutros  e em tempos de crise, quando querem cortar nas despesas, questionam-se porquê  e não percebem, porque há falta de transparência na informação prestada  sobre essas tarifas", defendeu o jurista. 
A Deco assume a sua "grande preocupação" relativamente à possibilidade  de o governo decidir privatizar a água, no âmbito da reestruturação em curso  no grupo Águas de Portugal. 
"A DECO está bastante preocupada, pois trata-se de um bem essencial.  Quando se fala em privatização em alta (captação de água) estamos a falar  de infraestruturas fundamentais e que merecem estar sobre a tutela do Estado,  caso contrário estamos a criar uma abertura para aumentar os preços sem  monitorização ou regulação do Estado", afirmou o jurista. 
A disparidade dos modelos tarifários e de gestão em Portugal e todos  os problemas relacionados com o setor da água, vão ser debatidos na quinta  feira num encontro organizado no Porto pela associação, no qual participam  responsáveis da entidade reguladora (ERSAR) e da APDA - Associação Portuguesa  de Distribuição e Drenagem de Águas, entre outros especialistas.

Lusa

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