O número de professores destacados nos sindicatos é actualmente de 281,
dos quais 125 exercem actividade sindical a tempo inteiro e por isso não
dão aulas, revelou ao Correio da Manhã o Ministério da Educação e
Ciência (MEC). O CM perguntou à tutela qual a despesa que representam os
professores destacados nos sindicatos e se, dada a situação de crise, o
Governo a pretende reduzir. O MEC não respondeu.
Pelos cálculos do CM, a despesa rondará os 9 milhões
de euros. Segundo o MEC, a soma dos 125 professores dispensados a tempo
inteiro mais as dispensas parciais é equivalente a um total de 212,5
dispensas. Tendo em conta que a maioria dos dirigentes se posiciona em
escalões avançados da carreira docente, e com base no valor bruto
auferido no 9º escalão (3091,82 euros), chega-se a uma despesa de 9,2
milhões de euros por ano. Isto contando com 14 meses de salários e não
incluindo outras remunerações.
Arménio Carlos, da
CGTP, explicou que o total de dirigentes sindicais a tempo inteiro "não
chega a meio milhar", pelo que os 125 docentes nestas condições
representam cerca de 30 por cento do total. O facto de a classe docente
ser a maior na Função Pública (cerca de 150 mil profissionais) e de o
nível de sindicalização ser elevado ajuda a explicar estes números.
Em
2005, havia 1327 professores destacados que custavam mais de 20 milhões
de euros. A ministra da Educação da altura, Maria de Lurdes Rodrigues,
diminuiu esse número para 450. Em 2006, Governo e sindicatos acordaram
nova redução, para 300. O número de dirigentes com dispensa de serviço
docente passou a ser proporcional ao de associados dos sindicatos, pelo
que a Fenprof, com 132 elementos, é a estrutura com mais dispensados.
«Correio da Manhã»
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