A existência de uma “Carta Arqueológica de Alpiarça” mais não é do que uma “miragem”.
Não por haver falta de arqueólogos em Alpiarça, alguns estão desempregados, mas sim por ser mais uma promessa eleitoral por cumprir.
Alpiarça possui importantes estações arqueológicas Vale do Forno, Barreiro do Tojal, Vale da Caqueira, Quinta do Outeiro, Vale da Atela, Barreira da Gouxa e Vale dos Extremos (ver outros apontamentos mais abaixo) que estão entregues ao abandono para além de não existir qualquer sinalética que indique as respectivas localizações das mesmas como ainda não haver informação publicitária levando a que não sejam conhecidas e muito menos visitadas.
No entanto há registos e estudos profundos sobre as estações arqueológicas de Alpiarça.
Salientamos que na década de 1970 uma equipa alemã de arqueólogos fez um levantamento das estações cujos objectos encontrados e inventariados estiveram (se não estão ainda) “abandonados” durante anos num “monte” nas “catacumbas” da Casa Museu dos Patudos.
Assim vai a cultura e o património de Alpiarça e que ninguém parece estar minimamente preocupado em defender ou proteger.
O mesmo se pode dizer das peças oferecidas por alguns alpiarcenses para o “Museu Etnográfico de Alpiarça” que não sabemos onde estão como os alpiarcense continuam por saber quando este museu é publicitado.
O que se sabe destas peças é que foram encontradas numa adega e que bastante polémica causou após as eleições autárquicas de 2009, servindo a situação como acusações de arremesso contra o executivo socialista pelo abandono do “Museu Etnográfico”.
Afinal tudo continua na mesma. As estações arqueológicas de Alpiarça estão abandonadas e as peças oferecidas devem estar algures guardadas como está a “Estátua de Homenagem ao Povo de Alpiarça” que não se sabe onde e como está.
Alpiarça não passa disto. Nem aquilo que tem é conservado e muito menos exposto ou divulgado.
A “Carta Arqueológica de Alpiarça” apenas ser viu como promessa eleitoral dos candidatos da CDU, quando das eleições autárquicas/2009. No programa eleitoral desta força política consta o seguinte: “Desenvolver e publicitar a Carta Arqueológica de Alpiarça, instrumento de trabalho indispensável à gestão do Património do concelho e a sua correcta valorização”.
Promessas e apenas promessas!
Arqueologia *
A situação geográfica de Alpiarça, situada na margem esquerda do Tejo, favoreceu a ocupação humana desde o Paleolítico Inferior até à época Romana.
Na zona do Vale do Forno foram encontrados depósitos e indústrias líticas datáveis do Paleolítico Inferior. Esta zona, já conhecida desde os anos 40, apenas nos anos 80 foi verdadeiramente explorada através dos trabalhos arqueológicos feitos na Zona de Milharós, onde foram encontrados depósitos e industrias líticas datáveis do Paleolítico inferior. Foram também descobertos vestígios de flora que possivelmente serão anteriores à Glaciação de Wurm. Além do Vale do Forno há também a destacar as estações arqueológicas do Barreiro do Tojal, Vale da Caqueira, Quinta do Outeiro, Vale da Atela, Barreira da Gouxa e Vale dos Extremos.
O povoado do Alto do Castelo, localizado entre as necrópoles do Tanchoal e do Meijão, é conhecido, desde o inicio do século XIX, por Mendes Corrêa, e na década de 80 foi estudada pelo Instituto Arqueológico Alemão. A sua cronologia é anterior à época romana, tendo sido ocupado durante a Idade do Bronze Final ou a Idade do Ferro. Foi também ocupado pelos romanos, uma vez que se encontraram materiais desse período, como moedas e fragmentos de cerâmica. O Cabeço da Bruxinha foi ocupado provavelmente na Idade do Bronze Final ou Idade do Ferro, e posteriormente pelos romanos. Aí foram encontrados materiais de cerâmica e cerâmica de construção. O Cabeço da Bruxa localiza-se na Quinta da Gouxa a cerca de 600 metros a oeste da Estrada Nacional 118 de Alpiarça a Almeirim. Esta estação arqueológica é conhecida desde a década de 30, tendo sido alvo de escavações arqueológicas feitas em 1979 também pelo Instituto Arqueológico Alemão. Os materiais aí encontrados têm várias cronologias, datando da Pré-História, Idade do Bronze, Época Romana e outras. A Quinta da Gouxa é uma estação arqueológica ocupada desde a Pré-História até à época Romana.
Segundo alguns autores, em Alpiarça passava uma das vias romanas em direcção a Mérida, como provam os vários marcos miliários encontrados dedicados ao imperador romano Trajano.[1]
* Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Alpiar%C3%A7a
5 comentários:
Isto é muito preocupante quando todos sabemos que o Presidente foi professor de História antes de ser nosso Presidente.
Parece que nem na História é bom.
Mas sabe contar-nos muitas histórias, isso sabe, sim senhora
O estudo de impacto arqueológico, não está esquecido, a minha pessoa apresentou um projecto, enquanto Mestranda da FBAUL, no entanto, como todos sabemos, as autarquias atravessam momentos difíceis. portanto, terá que ficar a aguardar melhores dias, tendo a minha pessoa já se disponibilizado.
Vanda Luciano
Vanda Luciano: As Câmaras atravessam momentos difíceis, e por acaso a minha pessoa, enquanto Mestranda da FBAUL, já apresentou esse projecto, o mesmo aguarda que a situação se recomponha, para dar frutos...e começar a avançar...
(Da nossa página do Facebook)
Ó Vanda, se vais estar à espera que o Marito se decida, bem podes apresentar o projecto a outras Câmaras.
Isso não é verdade. A história que ele conta é sempre a mesma da cassete.
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