Vejamos alguns exemplos do que pode ser cortado: Serão precisos tantos vereadores a tempo inteiro implicando secretárias, assessores, viaturas, gastos de representação, etc.? Serão precisos tantos funcionários, quando as Câmaras cada vez mais estão a recorrer aos outsourcing para a prestação de serviços como limpeza urbana, jardinagem, transportes, etc.? Também para quê tantas Empresas Municipais (mais administradores, secretárias, viaturas, etc.) para afinal fazerem o que as Câmaras sempre fizeram e com menos pessoal.
Justifica-se o lançamento de obras de duvidosa utilidade, e desajustadas às dramáticas limitações financeiras dos municípios? Porquê, em tempo de crise, tantas geminações folclóricas e turísticas com os locais mais que recônditos? Para quê tantas festas e festinhas? Para quê tanto auditório, campos relvados e equipamento?
Nos tempos difíceis que correm e que se irão agravar, os Municípios devem, sobretudo, priorizar nos seus orçamentos a viabilização de uma “almofada financeira” que permita o pagamento a tempo a horas aos credores, alimentando assim a economia local; o abaixamento do endividamento bancário; a manutenção de alguns pequenos investimentos de incidência local, incentivando as pequenas empresas e gerando emprego, e assumindo e, certos casos, um importante papel social de apoio às populações mãos fragilizadas e carenciadas.
Renato Campos
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