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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Para que as Câmaras não sejam castigadas em corte de verbas do Orçamento de Estado que se contenham nas despesas.

Vejamos alguns exemplos do que pode ser cortado: Serão precisos tantos vereadores a tempo inteiro implicando secretárias, assessores, viaturas, gastos de representação, etc.? Serão precisos tantos funcionários, quando as Câmaras cada vez mais estão a recorrer aos outsourcing para a prestação de serviços como limpeza urbana, jardinagem, transportes, etc.? Também para quê tantas Empresas Municipais (mais administradores, secretárias, viaturas, etc.) para afinal fazerem o que as Câmaras sempre fizeram e com menos pessoal.
Justifica-se o lançamento de obras de duvidosa utilidade, e desajustadas às dramáticas limitações financeiras dos municípios? Porquê, em tempo de crise, tantas geminações folclóricas e turísticas com os locais mais que recônditos? Para quê tantas festas e festinhas? Para quê tanto auditório, campos relvados e equipamento?
Nos tempos difíceis que correm e que se irão agravar, os Municípios devem, sobretudo, priorizar nos seus orçamentos a viabilização de uma “almofada financeira” que permita o pagamento a tempo a horas aos credores, alimentando assim a economia local; o abaixamento do endividamento bancário; a manutenção de alguns pequenos investimentos de incidência local, incentivando as pequenas empresas e gerando emprego, e assumindo e, certos casos, um importante papel social de apoio às populações mãos fragilizadas e carenciadas.
 Renato Campos

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