1 – A surpresa de não ser a Dra. Graciete Brito, na qualidade de cabeça de lista do PS, a líder de bancada, surgindo o Dr. Fernando Ramalho como líder de bancada.
Será por a Dra. Graciete Brito não estar capacitada para liderar a bancada do PS, até por não ser uma pessoa de confiança do aparelho do partido e faltar-lhe formação política e capacidade de liderança? Ou será por o Dr. Fernando Ramalho, e na ausência do Sr. Paulo Espírito Santo, ser a pessoa certa para tentar que o Presidente da Assembleia perdesse a compostura, envergonhando assim a bancada da CDU? Se foi pela 2ª hipótese, a estratégia saiu furada, porque na realidade a condução de trabalhos seguiu quase imune às intervenções do líder do PS, demonstrando o Presidente da Assembleia Municipal, uma postura praticamente inabalável.
2 - Logo no inicio da sessão, a Dra. Graciete Brito pergunta ao Dr. Mário Santiago porque se está a começar Ordem de Trabalhos sem dar lugar ao Período Antes da ordem do Dia ao que o Dr. Mário Santiago responde que segundo o Regimento ainda em vigor e que é da autoria do PS não existe período antes da ordem do dia. Para primeira intervenção do PS, não poderiam ter começado pior, ficando no ar a sensação que a bancada do PS nem conhecia o seu próprio Regimento.
3 - O Dr. Fernando Ramalho confrontando o Dr. Mário Santiago pela utilização de um logótipo do Município na proposta de alteração do Regimento, e que teve como resposta que a proposta de alteração é da mesa da assembleia, pelo que se utilizou o símbolo do Município, mostrando ainda um ofício enviado pela anterior Presidente da Assembleia Municipal em que mostra exactamente o mesmo logótipo. A Dra. Inês Aguiar, ainda teve oportunidade de rematar o assunto, insinuando que o Dr. Fernando Ramalho nem conhece o logótipo do Município, do qual a Assembleia Municipal é integrante.
4 – A proposta feita pela bancada do PS para que a aprovação do Regimento fosse adiada, argumentando que não tiveram tempo para estudar o assunto. Depois de anos de polémica pela chamada «Lei da Rolha» imposta pelo PS com a aprovação do polémico Regimento anterior, esperava-se mais inteligência política e não admitir que não se envolveram o suficiente na preparação da Assembleia e do Ponto principal que estaria a discussão.
5 – As criticas da bancada do PS à falta de informação agregada à Convocatória para a Assembleia, numa tentativa de colocar em causa as capacidades da mesa da assembleia. Foi mais um tiro no pé, quando lhes foi explicado que na proposta do novo regimento existiam algumas propostas de alteração que iriam colmatar futuramente essas supostas falhas. Mas a mesa da Assembleia Municipal também não perdeu a oportunidade para, indirectamente e de forma subtil chamar a atenção ao PS que estavam a colocar também em causa os funcionários da Câmara que apoiam a Assembleia Municipal, que são exactamente os mesmos que antes apoiavam a Assembleia quando o PS estava no poder.
1 comentário:
Agradeço mais estas achegas que só vêm confirmar os meus receios.
Uma Assembleia Municipal não é propriamente um lugar para "palhaçadas" políticas ou malabarismos inconscientes de indivíduos mal preparados em termos regimentais. Todos os seus membros incluindo aqueles que fazem parte da oposição, como é natural, devem ter consciência disso mesmo. Assim, nas suas intervenções, devem mostrar respeito, conhecimento de causa e serenidade, justificando a razão pela qual ocupam os lugares junto à mesa.
Seria também interessante que os nossos deputados estudassem bem os assuntos a debater na próxima Assembleia e ao usar da palavra, fazer dela um uso correcto que não venha a envergonhar quem delegou neles a sua representação.
Devo referir contudo que tenho o maior respeito e consideração por todos os membros da Assembleia eleitos, nomeadamente o seu presidente e, a carapuça naturalmente, serve a quem serve.
J.B
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