(Esclarecimento desse jornal de 09.11.12)
Exmº Senhor,
Em primeiro lugar, venho solicitar-lhe, se digne publicar esta minha carta no seu jornal, ao abrigo da tão propalada por si, liberdade de expressão, esperando que a mesma também não seja sujeita a censura prévia, pensando eu, que nada nela há-de constar digno de tal procedimento. Antecipadamente grato pela atenção.
Estranhará por certo o hiato que medeia entre a publicação do seu Esclarecimento e a data destas palavras que lhe dirijo. É que só agora obtive a permissão do meu patrão para despir o fato de empregado e vestir o de cidadão, porque como homem inteligente que é, por certo apercebeu-se que o 1º comentário é feito pelo cidadão, mas depois da violência argumentativa e pseudo-ameaças do seu Esclarecimento, transformei-me no 2º e 3º comentários no empregado, pois temi que pudesse prejudicar a vida comercial do estabelecimento em causa, com as consequências nefastas que podemos imaginar. Feito este esclarecimento, vamos ao que interessa.
Comecemos pelo princípio. Quem o autorizou a publicar uma foto do estabelecimento? Foi a única pessoa possível, o meu patrão? Não. Poderá argumentar que é matéria irrelevante. Estou tentado a concordar consigo, mas depois de ler o seu Esclarecimento, verifiquei que todo ele transpira ética e puritanismo, portanto para começo de conversa…, começamos mal.
Acusa-me de não me identificar. Essa é boa. Então e o leitor Anónimo com todas aquelas acusações, ainda por cima afirmando que não conhece o lisboeta, mas ouviu dizer…, fugiu ao seu lápis azul, permitindo o senhor que toda a gente pudesse ler aquilo que ele escreveu, identificou-se? Assim não vale senhor administrador.
Utiliza metade do seu Esclarecimento para falar de “Bogalhos” quando eu lhe falei em “Alhos”. Atrás já o caracterizei como pessoa inteligente, e não estava a escarnecer de si, porque depreendeu logo, que eu estaria com toda a certeza ligado profissionalmente à empresa. Instiga-me a esclarecer a situação, sabendo que muito provavelmente o não poderia fazer e nem queria, caso contrário tê-lo-ia feito no comentário. Instiga-me a aceitar uma evidência, que toda a gente conhece em Alpiarça: A bomba não tem ar!!! Todos estes “Bogalhos”, quando o que me levou ao primeiro comentário foram duas razões: Insurgir-me contra o comentário do senhor Anónimo, e criticar o jornal por ter publicado uma notícia sem ouvir todos os interessados. Utilizou o senhor o meu comentário para reforçar ainda mais a notícia publicada sem eu lhe ter dado qualquer razão para tal. Atitude feia, muito feia! Já agora a sua desculpa quanto à não audição do dono ou de mim (porquê eu?), é no mínimo hilariante…
Permita-me uma “dica”. Quanto à falta de ar na bomba, sabe o senhor dos custos financeiros e burocráticos para se ter uma situação legalizada, nomeadamente ao nível de aferições estatais dos instrumentos de medida e compressores? São enormes, o que me leva a sugerir-lhe que investigue junto das outras bombas, que o senhor Anónimo, pelo seu comentário, tão bem conhece, se estão devidamente legalizadas. É que é preferível não ter ar, a ter um cliente a marcar 2,0 bares e a colocar no pneu da sua viatura 1,7 ou 2,3 bares. Actuará o senhor sob a sua consciência.
Ameaça-me com a publicação das queixas dos clientes. Ó homem, por amor à santa! Queixas de quê? Daquilo que é por demais evidente: A bomba não tem ar!!!
Quanto aos quatro parágrafos que começam “Como reparou…” e acabam “…informados dos acontecimentos.”, devo dizer-lhe que os acho de uma grande desonestidade intelectual. Não se esqueça o senhor que começa o seu Esclarecimento com “Sr. Artur Almeida”, (permita-me o egoísmo, é para mim e só para mim), descambando aqui em afirmações para as “massas” numa tentativa de vitimização espectacular, supondo até nessa tentativa, que eu pensasse que no seu jornal não existia liberdade de expressão. Numa palavra, genial. Depois vangloria-se elogiando o seu jornal, numa masturbação intelectual extraordinária. Acontece que não tenho paciência para Calimeros e nem lhe dou autorização para usar o meu nome para se vangloriar. Estamos entendidos senhor administrador? Espero que sim.
Faltou-lhe criticar (dentro da ética e puritanismo) o comentário do senhor Anónimo, levando-me inclusivamente a poder pensar e a não querer acreditar, que a notícia poderia ter sido encomendada, senão vejamos: Tive oportunidade nestes dias de ler alguns artigos do seu jornal, e sinceramente esta notícia da Bomba foge claramente à sua linha editorial. É como ler no jornal A Bola, notícias sobre Taxas de Juro! Depois, … Ó senhor Administrador admita este cenário: Estamos os dois num café de Alpiarça a beber uma mini. O senhor diz-me: Ó Artur o que achas (a mini dá direito ao tratamento por “tu”) de eu publicar uma notícia sobre a falta de ar na bomba da Repsol? Eu respondo: Ó António, o que é que andas a fumar? Repara, tendo os clientes três bombas alternativas, a quem interessa essa notícia? Não interessa ao menino Jesus, nem aos Alpiarcenses em geral, nem ao dono da bomba, nem à Repsol, se calhar nem a nós dois… só interessará (aqui eu aponto para o canto do café) ali ao Anónimo que está a beber um chá de cidreira! Vai-me desculpar o senhor Administrador, mas nas minhas histórias entra sempre um Anónimo num qualquer canto da sala a beber um chá de cidreira. Acho que nem o Freud explica isto!!!
Por último, e quanto ao pedido de esclarecimento à Repsol, dá-me a impressão que nem eles nem o meu patrão o vão esclarecer. Mas não tome isto como uma realidade e afirmação definitivas. Ainda assim, devo dizer-lhe que se eles me perguntassem a opinião sobre dar-lhe um hipotético esclarecimento, lhes diria, não. Repare, era só o que faltava! Eu não o vejo, nem ao seu jornal como dignos representantes do povo de Alpiarça, portanto estariam a dar-vos a importância que não têm. É que, sabe, em “pontas de pés”, só as raparigas do ballet! Do you now what i mean?
Melhores cumprimentos.
Artur Almeida
2 comentários:
Este Artur Almeida é de mais.
Vivo num pais, que quando ha quatro anos, aqui chegei, e fui meter gasolina, pela primeira vês, fiquei sem reação a uma solicitaçao duma moça funcionária desse posto (assim se denomina aqui as bombas de gasolina), se aproximou primeiro da janela do lado da minha esposa e depois da minha, com uma simpatia nunca vista por mim, e nos perguntou: aceita um café, uma água? mas já com tudo na bandeja. Para mim foi uma surpresa. nunca na minha vida tinha visto tamanho acto de simpatia. Mas não pensem que foi só nesse dia, por ser uma casal luso-brasileiro, que nem o sabiam. Ainda hoje 17/11/2009, mais de 3.000 Km distantes desse ¨posto¨. e estando em situaçao inversa, vendedor e não comprador, numa loja de materiais de construção, tive o mesmo ansejo,mas desta vês não foi surpresa. Pois ja me habituei. O Senhor Artur Almeida se tivesse na sua bomba, um serviço de apoio, (um pouco menos) que este aqui relatado, não teria passado por esses (pelos vistos dissabores), mas sim ter alguém como eu que lhe prestaria o reconhecimento por um trabalho de apoio correto. Parece que o Senhor Artur se preocupou muito com a exposiçao ao sol das faltas, que ele mesmo demonstrou, mas não se preocupou, que não tendo os intrumentos de ar, os clientes podem se mudar para o vizinho do lado. Pensam que a oferta de água e café, não é uma forma dos clientes voltarem sempre, porque são bem recebidos?
GTM O administrador tem a minha identificação.
Ó Sr Artur Almeida, Tenho uma solução rápida, eficaz e muito económica para resolver o problema de ar nas bombas da Repsol...Enviei ontem um email ao Administrador deste jornal, mas para não alimentar polémicas ele decidiu não publicar o meu comentário. Mas se quiser deixar o seu email poderei enviar lhe a minha sugestão. Estou identificado perante o Administrador. Paulotugal
Enviar um comentário