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terça-feira, 13 de outubro de 2009

“Rapaziada nova” tira câmaras à CDU

As escolhas da “rapaziada” nova que “nunca passou fome” são apontadas pelos velhos comunistas como a razão principal para a perda de autarquias alentejanas pela CDU, enquanto que para os dirigentes partidários a causa está no “voto útil” no PS do eleitorado tradicional PSD.“A malta nova é que votou PS”, disse à agência Lusa António Saldanha, 75 anos, habitante de Viana do Alentejo, cuja câmara, há 16 anos da CDU, foi “perdida” domingo para o PS.nEssa é também a opinião de duas moradoras de Alvito, Lucinda Costa – “Nunca passaram fome e não andaram a trabalhar de sol a sol”, disse – e Isabel Serra: “O PCP é um partido antigo e a malta nova pensa que é antiquado”.
Outro morador de Alvito, concelho vizinho de Viana do Alentejo que curiosamente passou para as mãos da CDU, justificou que “os idosos vão ‘abalando’ e uma grande percentagem dos mais novos seguem outro caminho”.
A península de Setúbal mantém-se um irredutível bastião comunista, mas a CDU voltou ao pior resultado de sempre (28 câmaras), perdendo autarquias importantes, como Beja, ou onde os autarcas saíram do PCP, como Sines e Marinha Grande.A CDU obtivera também 28 municípios em 2001, quando alcançou o pior resultado de sempre nas autárquicas, mas nas eleições seguintes, em 2005, conquistou mais quatro maiorias camarárias.Nas eleições autárquicas de domingo, regressa ao número 28, ao perder sete câmaras (Aljustrel, Beja, Viana do Castelo, Vila Viçosa, Marinha Grande, Monforte e Sines) e conquistar três novos municípios (Alvito, Alpiarça e Crato), um resultado que o líder do PCP, Jerónimo de Sousa recusou interpretar como uma derrota.
«Lusa»

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